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Entenda o plano de ataque de Biden contra a pandemia de Covid-19

A partir de 12 decretos, entra em vigor a primeira resposta federal centralizada desde que coronavírus chegou aos EUA

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h17 - Publicado em 21 jan 2021, 17h40
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  • Em seu primeiro dia completo na Presidência dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden assinou um plano nacional de resposta à pandemia de coronavírus. A resposta federal centralizada foi muito exigida durante o ano passado, mas o ex-presidente Donald Trump recusou-se a interferir com líderes locais e estaduais.

    Nesta quinta-feira, 21, entra oficialmente em vigor a “Estratégia Nacional para a Resposta da Covid-19 e Preparação para a Pandemia”, documento de 200 páginas, por meio de 12 decretos. O líder americano ressaltou que o texto é abrangente, detalhado e “baseado na ciência, não em política”.

    Entre os principais pontos do plano estão uma rápida e eficaz campanha de vacinação contra a Covid-19 – que dará 100 milhões de doses nos primeiros 100 dias de mandato, ou seja, 50 milhões de pessoas serão imunizadas –, disponibilização de fundos federais para aumentar o pessoal da saúde e a reabertura de escolas e comércio, com ampla testagem de casos. Todos os viajantes que adentrarem o país terão que fazer testes antes de partir, e cumprir quarentena quando chegarem.

    Somado à vacinação, também será amplamente incentivado o uso de máscaras. Logo depois de tomar posse na quarta-feira 20, Biden assinou uma ordem exigindo a prática em todas as propriedades federais e por todos os funcionários federais. Ele instou todos os americanos a tomarem essa precaução por ao menos 100 dias.

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    Além disso, cada estado terá um representante do governo federal responsável, para maximizar a eficácia da comunicação e do plano. Com os decretos, Biden também formaliza uma força-tarefa de igualdade na saúde, com objetivo de que a igualdade “esteja no centro de todas as decisões que tomarmos, incluindo a vacinação”, disse o presidente.

    E, em tom com seu discurso de posse, ele reiterou: “Podemos fazer isso se estivermos juntos”.

    “As coisas vão continuar a piorar antes de melhorar. Não entramos nessa confusão da noite para o dia e vai demorar muito para consertá-la”, alertou Biden. “Mas deixe-me ser claro: nós vamos superar isso. A ajuda está a caminho”, completou.

    Contudo, a marca de 100 dias parece ser um problema. Críticos dizem que 100 milhões de doses é uma meta insuficiente, mas a nova administração se defendeu afirmando que “o que estamos herdando é muito pior do que poderíamos ter imaginado” e “não temos a visibilidade que gostaríamos de ter sobre o fornecimento e as alocações” de vacinas.

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    A campanha será uma corrida contra o tempo. Estados de todo o país, como Nova York e Califórnia, já alertaram que podem ficar sem doses já neste fim de semana. Autoridades locais expressaram a esperança de que a administração Biden aumentasse a produção, mas aumentar o fornecimento imediato de vacinas antes de abril não será viável, devido à falta de capacidade de fabricação.

    Embora Biden tenha indicado que sua administração liberaria mais doses à medida que se tornassem disponíveis, mantendo uma reserva menor, ele disse na semana passada que não mudaria o tempo recomendado para as segundas doses: 21 dias após a primeira dose da vacina da Pfizer, e 28 dias para a Moderna.

    O novo governo também está pedindo ao Congresso que aprove um pacote de auxílio de 1,9 trilhão de dólares. Funcionários da Casa Branca disseram que precisariam desse dinheiro para colocar seu plano nacional contra a Covid-19 em prática.

    “Isso não será barato, mas é necessário perante ao custo de vidas”, disse Biden. “Mais de 400.000 americanos morreram. Isso é como uma guerra”.

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