A enchente que atingiu o Kentucky, nos Estados Unidos, desde a última sexta-feira 29 deixou ao menos 30 mortos até o momento. O governador local, Andy Beshear, alertou no domingo 31 que esse número pode aumentar, já que centenas de pessoas permanecem desaparecidas.
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Entre os mortos estariam pelo menos seis crianças, incluindo quatro irmãos, com idades entre um e oito anos, que teriam sido arrastados pela correnteza para longe de seus pais.
Centenas de residências e empresas foram afetadas pelo desastre, que forçou moradores a se refugiarem em abrigos montados em parques estaduais e igrejas. Mais de 12.000 casas permanecem sem energia na região.
“Ainda estamos concentrados em atender às necessidade imediatass de fornecimento de comida, água e abrigo para milhares de nossos compatriotas do Kentucky que foram deslocados por essa inundação catastrófica”, disso o governador em um comunicado.
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Em entrevista à emissora NBC News, Beshear classificou a situação como “uma das inundações mais devastadoras e mortais da história” do estado americano. Ele estimou que os danos em estradas, pontes e outras infraestruturas custarão milhões de dólares ao governo.
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Apesar das dificuldades trazidas pelas chuvas intermitentes que continuam a afetar a área, equipes de resgate seguem buscando desaparecidos. O Serviço Nacional de Meteorologia está prevendo tempestades para o estado até a terça-feira, 2.
O presidente Joe Biden definiu o fenômeno como “um grande desastre” e disse que enviará reforços à equipe de resgate local. O líder da Casa Branca tem enfrentado resistência no Congresso ao propor políticas climáticas.
Durante as reuniões do Acordo de Paris em 2015, os Estados Unidos se comprometeram a reduzir das emissões de gases poluentes pela metade até 2030.
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Especialistas associaram as chuvas no estado às temperaturas extremas causadas pelas mudanças climáticas. Na semana passada, os Estados Unidos e a Europa enfrentaram fortes ondas de calor com temperaturas recorde em várias cidades.
Nesta segunda-feira, 1, a organização Climate Central, composta por cientistas climáticos, divulgou uma pesquisa que aponta que os Estados Unidos poderão registrar temperaturas altas similares às do Oriente Médio até o fim do século.