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Embaixador Ernesto Araújo será chanceler de Bolsonaro

Diplomata fez campanha em favor do candidato do PSL em seu blog e escreveu artigo sobre a relação do Brasil com o governo de Donald Trump

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 14 nov 2018, 19h07 - Publicado em 14 nov 2018, 16h43
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  • O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou nesta quarta-feira (14) o embaixador Ernesto Henrique Fraga Araújo, de 51 anos, como seu ministro das Relações Exteriores. O diplomata atua neste momento como diretor do Departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty e, apesar de ter alcançado a posição de embaixador (ministro de primeira classe) na hierarquia do ministério, jamais conduziu uma embaixada brasileira.

    Durante a campanha eleitoral, Araújo defendeu abertamente a candidatura de Bolsonaro por meio de um blog na internet, no qual chamou o PT de “partido terrorista”. No artigo “Trump e o Ocidente”, publicado pela revista do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (Ipri) no segundo semestre de 2017, ele defendeu que o Brasil reflita e defina se fará parte da visão de Ocidente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    “O presidente Donald Trump propõe uma visão do Ocidente não baseada no capitalismo e na democracia liberal, mas na recuperação do passado simbólico, da história e da cultura das nações ocidentais”, afirma no resumo do texto. “Em seu centro, está não uma doutrina econômica e política, mas o anseio por Deus, o Deus que age na história. Não se trata tampouco de uma proposta de expansionismo ocidental, mas de um pan-nacionalismo”, completou.

    O artigo causou impressão em Bolsonaro ainda durante a campanha eleitoral. Araújo será um dos mais jovens chanceleres da história do país. Entrou na carreira diplomática há 29 anos e serviu, no início da década, como ministro-conselheiro na Embaixada do Brasil em Washington. Nesse posto, atuou como braço direito do embaixador Mauro Vieira, ex-chanceler do governo de Dilma Rousseff.

    Em sua carreira, Araújo assumiu várias posições de responsabilidade nas negociações internas e externas do Mercosul, o que o torna um especialista em questões sobre o bloco sul-americano. É autor de dois livros sobre o tema: “Mercosul Hoje”, escrito em parceria com o embaixador Sérgio Florêncio, e “Mercosul: Negociações Extrarregionais”.

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    Bolsonaro fez o anúncio pelo Twitter, depois de ter conversado com outros candidatos para o posto nos últimos dias. Entre eles, o embaixador do Brasil em Seul, Luís Fernando Serra, apontado como um dos favoritos. Pelo menos 14 nomes foram apontados na imprensa, desde a eleição de 28 de outubro, para a posição de chanceler.

    Depois de informar pelas redes sociais, Bolsonaro deu uma entrevista à imprensa, em Brasília, ao lado de Araújo.  O presidente eleito mencionou, entre as funções esperadas do seu chanceler no Itamaraty, “incrementar a questão de negócios com o mundo todo sem o viés ideológico”.

    “Queremos ver o MRE brilhando”, declarou.

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    Araújo esquivou-se de mencionar parceiros preferenciais em sua gestão no Itamaraty. Afirmou que sua prioridade será “garantir que esse momento extraordinário que o Brasil está vivendo, com a eleição do presidente Bolsonaro, se traduza dentro do Itamaraty em uma política efetiva, em função do interesse nacional, de um Brasil atuante, feliz e próspero.”

    Ao ser questionado sobre a futura relação do Brasil com a Venezuela, a retirada de Cuba de seus profissionais do programa Mais Médicos e outros temas críticos da Política Externa, porém, Araújo passou a palavra a Bolsonaro.

    Nascido em Porto Alegre em 1967, Araújo formou-se em Letras na Universidade de Brasília e ingressou no Instituto Rio Branco, academia de formação e aperfeiçoamento de diplomatas, em 1991. No exterior, serviu na missão do Brasil junto à União Europeia, em Bruxelas, e nas embaixadas do Brasil em Berlim, em Ottawa e em Washington. É casado com a diplomata Maria Eduarda de Seixas Corrêa Araújo, filha do embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa.

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