A Embaixada do Reino Unido no Brasil lançou nesta segunda-feira, 29, uma nova edição do concurso que selecionará uma mulher, entre 18 a 29 anos, para ser embaixadora por um dia. A vencedora será levada para o Rio de Janeiro e Brasília, com todas as despesas pagas, para acompanhar a rotina da embaixadora britânica, Stephanie Al-Qaq.
O processo, aberto até 7 de fevereiro, receberá candidaturas de mulheres cisgênero, transgênero e pessoas não binárias, contanto que usem pronomes femininos. A embaixada “encoraja a candidatura de adolescentes e jovens negras, indígenas, PCD, integrantes da comunidade LGBTQIA+ e de outros grupos subrepresentados”.
A vencedora do concurso também terá a oportunidade de participar, ao lado de funcionários da delegação, de atividades voltadas para a promoção da igualdade de gênero. Ela receberá, ainda, tutoria de ex-alunos que tiveram acesso à bolsa de estudos Chevening, que abre portas para mestrados em universidades do Reino Unido.
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Como participar
As interessadas pela iniciativa precisam gravar e publicar um vídeo no feed do Instagram com, no máximo, um minuto de duração. Sem precisar do inglês, a gravação deve ser feita em português e explicar por que gostaria de se tornar embaixadora por um dia, usando a hashtag #embaixadoraporumdia.
Além disso, é preciso falar o nome, idade e cidade no vídeo ou na legenda da publicação, além de marcar os perfis oficiais da embaixada (@ukinbrazil e @embaixadorabritanica). Quaisquer dúvidas restantes deverão ser encaminhadas para o e-mail ukinbrazilcomms@gmail.com.
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Experiência ‘inspiradora’
A estudante de Direito Laila Paiva, aos 21 anos, foi a grande escolhida do ano passado. Moradora de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ela contou a VEJA que a “alegria começou” no momento em que percebeu que havia sido selecionada. A primeira parada foi no Rio de Janeiro, antes de seguir para Brasília.
“Eu aprendi muito, principalmente ao lado da embaixadora, sobre política, questões diplomáticas, relação Brasil-Reino Unido”, relatou. “A equipe foi muito carinhosa. Eles prestaram total apoio, tive todo suporte. Eu sou de Mossoró, no Rio Grande do Norte, então, querendo ou não, moro no interior. Tive suporte desde a minha casa até lá.”
A embaixadora temporária disse que, de lá para cá, virou fã de carteirinha da iniciativa e já avisou as amigas de que as inscrições foram abertas. Ela admite que teve vergonha na hora de gravar o vídeo e quase desistiu do processo seletivo, mas, de cabeça erguida e cheia de planos, aconselhou que não é preciso se intimidar e fugir de “um caminho muito maravilhoso”.
“Depois dessa experiência, de passar alguns dias com a embaixadora, você vai sair de lá e vai querer fazer alguma coisa. Isso é certo. Não sei se é mudar o seu currículo, fazer um mestrado no Reino Unido ou seguir uma carreira diplomática, mas eu digo uma coisa para quem se inscrever: a experiência que você vai ter lá vai fazer com que você se inspire a fazer algo além das quatro paredes da sala de aula ou do trabalho. Você vai sair com esse impacto, de vida e profissional”, garantiu.
O carinho também foi compartilhado por Al-Qaq. A VEJA, a embaixadora destacou que tem “certeza de que ela [Laila] tem um futuro brilhante” e disse que fica “feliz em saber que a nossa Embaixada promoveu uma experiência que certamente marcou sua trajetória”.
“Já estou animada para conhecer a próxima Embaixadora por um Dia, ainda mais neste ano em que o Brasil preside o G20 e detém uma posição central em uma série de debates globais, inclusive em torno da melhoria da condição de vida das mulheres”, adiantou.