Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Trump cancela encontro com Putin em represália a conflito Rússia-Ucrânia

Angela Merkel culpa líder russo por novo atrito na região da Crimeia e exige libertação de marinheiros ucranianos

Por Da Redação
Atualizado em 29 nov 2018, 15h46 - Publicado em 29 nov 2018, 15h46
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou pelo Twitter nesta quinta-feira (29) o cancelamento de seu encontro com seu colega russo, Vladimir Putinem paralelo à reunião de cúpula do G20, em Buenos Aires. A decisão do republicano deveu-se ao atual conflito entre Moscou e Kiev na região da Crimeia.

    “Baseado no fato de que os navios e marinheiros não retornaram da Rússia para a  Ucrânia, decidi que seria melhor para todas as partes envolvidas cancelar minha reunião agendada anteriormente na Argentina com o presidente Vladimir Putin”, escreveu.

    O cancelamento pegou de surpresa o próprio Kremlin. Assessores de Putin haviam divulgado horas antes um documento confirmando o encontro no sábado (1º) às 14h30 GMT.

    No último domingo (25), a Guarda Costeira russa interceptou três navios da Marinha ucraniana no Mar Negro, quando as embarcações tentavam entrar no estreito de Kerch para chegar ao Mar de Azov. Trata-se de uma rota marítima crucial para as exportações de cereais e aço produzidos no leste da Ucrânia.

    Continua após a publicidade

    A guarda-costeira russa, vinculada aos serviços de segurança (FSB), acusou os ucranianos de terem entrado ilegalmente em águas territoriais russas e capturou 24 fuzileiros navais a bordo dos navios.

    A Rússia classificou o incidente de “provocação”, enquanto a Ucrânia denunciou o “ato de agressão” e pediu a libertação de seus fuzileiros e o retorno de seus navios.

    Em resposta aos incidentes, a Ucrânia instaurou a lei marcial nas regiões fronteiriças e do litoral por 30 dias. Também pediu aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) o envio de navios de guerra ao Mar de Azov para apoiar seu país diante da ameaça da Rússia.

    Continua após a publicidade

    Trump já havia sinalizado que poderia cancelar a reunião com Putin depois do incidente marítimo, mas não confirmara oficialmente até esta quinta-feira.

    A reunião entre Moscou e Washington cobriria questões de segurança, controle de armas e conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, segundo o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton.

    As relações entre as duas nações tornaram-se as mais tensas desde o fim da Guerra Fria. Durante o governo do presidente Barack Obama, os Estados Unidos impuseram sanções à Rússia devido à anexação da Crimeia, que pertencia à Ucrânia, em 2014.

    Continua após a publicidade

    Agências de inteligência americana também acusaram Moscou de interferir na eleição de 2016, uma alegação que o Kremlin nega repetidamente. Um procurador especial americano está investigando se a campanha de Trump conspirou com os russos em favor de sua eleição,  algo que o presidente americano nega ter acontecido.

    ‘Culpa de Putin’

    Em resposta ao aumento da tensão entre Ucrânia e Rússia, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que o atual conflito é “inteiramente culpa” de Vladimir Putin. Depois de encontro com o primeiro-ministro ucraniano Volodymyr Groysman em Berlim, Merkel acusou Moscou de restringir o acesso ao Mar de Azov com a ponte que levantou para unir a península da Crimeia à Rússia.

    Para a chanceler alemã, as atitudes de Moscou violam um acordo de 2003 que garante o livre movimento na área.

    Continua após a publicidade

    “Eu quero os soldados libertados”, afirmou Merkel sobre os marinheiros ucranianos presos, para acrescentar em seguida que debaterá a questão com Putin durante a reunião de cúpula do G20. “O lado ucraniano pediu que nós agíssemos de maneira sábia. Não há solução militar para esses problemas – temos de enfatizar isso”, completou.

    A região é cenário de um violento conflito desde que Moscou anexou a península ao seu território, em 2014. As tensões aumentaram, contudo, desde a abertura da ponte, quando os russos redobraram as inspeções dos navios ucranianos. A medida foi considerada por Kiev como um bloqueio, de fato, dos seus portos na região.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.