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Em nome da neutralidade, Suíça recusa enviar munição para a Ucrânia

Pedido foi feito pelo governo alemão para enviar projéteis capazes de derrubar os drones kamikazes fornecidos pela Rússia pelo Irã

Por Da Redação
14 nov 2022, 15h13
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  • 25 de agosto de 2022, Schleswig-Holstein, Putlos: Um tanque antiaéreo Gepard. O chanceler Scholz (SPD) visitou o programa de treinamento para soldados ucranianos no tanque de armas antiaéreas Gepard. Scholz conversou com os soldados e instrutores industriais da empresa de manufatura Krauss-Maffei Wegmann na área de treinamento militar de Putlos em Schleswig-Holstein
    25 de agosto de 2022, Schleswig-Holstein, Putlos: Um tanque antiaéreo Gepard. O chanceler Scholz (SPD) visitou o programa de treinamento para soldados ucranianos no tanque de armas antiaéreas Gepard. Scholz conversou com os soldados e instrutores industriais da empresa de manufatura Krauss-Maffei Wegmann na área de treinamento militar de Putlos em Schleswig-Holstein (picture alliance/Getty Images)

    O governo da Suíça anunciou nesta segunda-feira, 14, que não irá exportar munição para o Exército da Ucrânia em nome de sua neutralidade histórica e mantém a posição do país em não tomar lados em uma guerra desde o Congresso de Viena, em 1814. O armamento seria direcionado a uma arma antiaérea alemã que tem ajudado Kiev a derrubar drones e mísseis de cruzeiro russos. 

    A Alemanha forneceu às tropas ucranianas 30 Gepards, armas blindadas móveis que não são mais usadas pelo Exército alemão. Por conta disso, Berlim pediu permissão à Suíça – responsável por fabricar a munição – para enviar mais de 12.400 projéteis para a Ucrânia, o que foi negado pelo governo suíço. 

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    No começo do mês, a ministra da Defesa da Alemanha, Christine Lambrecht, já havia feito o mesmo pedido. 

    “Sob o princípio da igualdade de tratamento na lei de neutralidade, a Suíça não pode concordar com um pedido de transferência de material de guerra de origem suíça para Ucrânia, desde que este último esteja envolvido em um conflito armado internacional”, respondeu Berna.

    A Suíça já havia dito em junho que iria manter a sua neutralidade histórica e não iria auxiliar nenhum dos dois lados da guerra. No entanto, o uso de drones kamikazes iranianos focados em destruir a infraestrutura energética ucraniana à medida que o inverno se aproxima trouxe mais urgência à situação. 

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    A Suíça está resolutamente comprometida com a paz e a segurança, mas sempre em estrito cumprimento da lei da neutralidade e de acordo com sua tradição humanitária”, disse o chefe do departamento de Assuntos Econômicos, Educação e Pesquisa, Guy Parmelin. 

    De acordo com ele, o governo suíço criou um Plano de Ação de Ajuda de Inverno para apoiar o povo da Ucrânia de cerca de 106 milhões de dólares, o equivalente a 564 milhões de reais, “além de seus esforços humanitários existentes na região”.

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    Em um movimento raro, Berna apoiou a União Europeia e aplicou sanções à Rússia após o início da guerra, em 24 de fevereiro. No entanto, a relação com armas e munições é diferente. De acordo com a lei nacional, as exportações de material de guerra devem ser recusadas se o país de destino estiver envolvido em um conflito armado internacional.

    No começo do ano, a Suíça também rejeitou um pedido do governo dinamarquês para autorizar a exportação de veículos blindados para a Ucrânia. 

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    Em artigo de opinião publicado no jornal suíço Neue Zürcher Zeitung, na última semana, o ex-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia e o vice-presidente da Conferência de Segurança de Munique argumentaram que fornecer a munição “não determinaria o resultado da guerra, mas salvaria vidas”. 

    De acordo com os autores, se até a Alemanha reconsiderou sua política de fornecimento de armas e munição por causa da Rússia, a Suíça poderia fazer o mesmo. 

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    “No final das contas, trata-se de fazer uma escolha entre a neutralidade tradicional e a solidariedade com a Ucrânia. A Suíça deve decidir de acordo com seus valores e interesses de longo prazo”, escreveram. 

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