Um mês após o início do verão no hemisfério norte, o mundo registrou no último domingo, 21 de julho, o dia mais quente da história, de acordo com dados preliminares do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus, ligado à União Europeia.
A temperatura média global do ar naquele domingo atingiu 17,09 ºC – um pouco acima do recorde anterior, estabelecido em julho do ano passado, de 17,08 ºC.
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Pode não parecer muita coisa, mas a escalada de temperaturas faz parte de uma tendência perigosa nos últimos 13 meses, em que cada um deles, consecutivamente, quebrou os respectivos recordes em comparação com o mês correspondente dos anos anteriores.
No verão boreal, ondas de calor já começaram a atingir grandes áreas dos Estados Unidos, da Europa Ocidental – especialmente na região do Mediterrâneo – e da Rússia na semana passada. Além de provocarem incêndios na Califórnia e fazerem com que a Grécia feche monumentos públicos, o calor também elevou a temperatura dos oceanos e causou a temporada mais precoce e intensa de furações no Atlântico.
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Recorde anterior
O instituto Copernicus confirmou à agência de notícias Reuters que o recorde médio diário de temperatura estabelecido no ano passado foi quebrado no domingo, de acordo com seus registros, que remontam ao ano de 1940.
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No ano passado, quatro dias consecutivos quebraram esse recorde, de 3 a 6 de julho. É resultado direto dos efeitos das mudanças climáticas, impulsionadas pela queima de combustíveis fósseis, que provocaram ondas de calor cada vez mais extremas e temperaturas progressivamente mais altas em todo o planeta.
Alguns cientistas sugerem que 2024 pode superar 2023 como o ano mais quente da história da Terra, uma vez que as mudanças climáticas e o fenômeno natural El Niño – que terminou em abril – aumentaram ainda mais as temperaturas neste ano.