O embaixador dos Estados Unidos na China, Terry Branstad, realizará uma visita ao Tibete esta semana, a primeira a esta região desde o ano de 2015, confirmou hoje o porta-voz da delegação diplomática americana.
Durante a visita, que acontece em um momento de tensão entre os dois países por causa da guerra comercial, Branstad deve “falar com os líderes locais sobre sua preocupação com as restrições à liberdade religiosa e sobre a preservação da cultura e do idioma tibetanos”, segundo o porta-voz em comunicado.
Branstad irá também à vizinha província de Qinghai em uma viagem do 19 a 25 de maio que inclui “encontros oficiais e visitas a lugares representativos do patrimônio cultural e religioso tibetano”.
A viagem acontece depois que os Estados Unidos aprovassem em dezembro de 2018 a Lei de Acesso Recíproco ao Tibete, que exige o acesso a essa região para funcionários, jornalistas, ONGs e cidadãos americanos. No caso de os funcionários chineses negarem a entrada dos americanos ao Tibete, será negada a eles também sua entrada aos Estados Unidos, de acordo com o texto.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Lu Kang mostrou então sua “firme oposição” à lei e apresentou uma queixa formal aos Estados Unidos sobre ela, enfatizando que os assuntos relacionados com o Tibete são assuntos internos da China e que “nenhum país pode interferir neles.”
Também ressaltou que “qualquer estrangeiro que deseje visitar o Tibete pode fazê-lo, apresentando uma solicitação através dos mecanismos estabelecidos para isso”.