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Em Haia, Israel diz que acusação de genocídio é ‘distorção da verdade’

Caso apresentado pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) pede que exército israelense suspenda atividade em Gaza imediatamente

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h26 - Publicado em 12 jan 2024, 09h15
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  • Legal Counselor of the Ministry of Foreign Affairs of Israel Tal Becker (C) looks on at the International Court of Justice (ICJ) in The Hague on January 12, 2024 , prior to the hearing of the genocide case against Israel, brought by South Africa. Israel said that it was not seeking to destroy the Palestinian people, as it hit back at what it called a "profoundly distorted" and "malevolent" genocide case against it at the UN's top court. South Africa has launched an emergency case at the International Court of Justice (ICJ) arguing that Israel stands in breach of the UN Genocide Convention, signed in 1948 in the wake of the Holocaust. (Photo by Remko de Waal / ANP / AFP) / Netherlands OUT
    O Conselheiro Jurídico do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Tal Becker, defende seu país na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia. 12/01/2024 - (Remko de Waal/AFP)

    Tal Becker, conselheiro jurídico do Ministério das Relações Exteriores de Israel, disse nesta sexta-feira, 12, que a acusação de genocídio apresentada pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, é “malévola” e distorceu a verdade.

    O caso afirma que, durante a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, Tel Aviv comete genocídio contra o povo palestino. A África do Sul argumenta que Israel violou a Convenção sobre o Genocídio de 1949, da qual ambos os estados são signatários. Além disso, pede que o tribunal ordene Tel Aviv a interromper imediatamente sua atividade militar.

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    [O caso] apresentou um quadro factual e jurídico profundamente distorcido, e depende de uma descrição deliberadamente curada, descontextualizada e manipuladora da realidade”, disse Becker, acrescentando que embora o sofrimento dos civis fosse “trágico”, o Hamas procurou “maximizar os danos a civis, tanto israelenses como palestinos, mesmo quando Israel procura minimizá-los”.

    A CIJ é o tribunal superior das Nações Unidas, destinado a julgar crimes de guerra e contra a humanidade. Suas decisões são, teoricamente, juridicamente vinculativas para os signatários da corte – tanto Israel e África do Sul o são –, ou seja, deveriam produzir consequências. No entanto, as determinações do tribunal não são executáveis.

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    Clima de tensão

    Nesta sexta-feira, Israel faz sua defesa ao tribunal, um dia depois da África do Sul ter apresentado o caso, quando disse que a “intenção genocida” de Israel era evidente devido à sua conduta militar. Do lado de fora da corte, a polícia instalou cordões de segurança para garantir que os grupos rivais permaneçam distantes uns dos outros.

    De um lado, manifestantes agitam bandeiras palestinas, observando a tela que transmite uma transmissão ao vivo do tribunal. Alguns levam também cartazes com fotos de Nelson Mandela, pretendendo traçar um paralelo entre a situação em Gaza e a antiga era do apartheid na África do Sul, que trouxe o caso à justiça internacional.

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    A algumas centenas de metros de distância, apoiadores de Israel montaram uma mesa simbólica do Shabat e, em cadeiras, afixaram fotografias de alguns dos 130 israelenses que ainda são mantidos como reféns em Gaza pelo Hamas.

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    A guerra

    Israel trava uma guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas desde 7 de outubro, quando centenas de militantes invadiram o sul do país, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 240.

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    O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, por sua vez, contabilizou mais de 23.350 mortos desde o início dos ataques israelenses – quase 70% deles mulheres e crianças.

    Uma decisão final sobre o possível genocídio poderá levar anos, embora o tribunal possa tomar uma decisão mais célere que o normal para que Israel suspenda a sua campanha militar contra Gaza.

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