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Em frente a estátua de Lênin, manifestantes na Rússia criticam mobilização

Prevendo impopularidade do anúncio, Moscou alertou que qualquer participação ou convocação em protestos podem levar a quinze anos de prisão

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 set 2022, 15h03 - Publicado em 21 set 2022, 11h31
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  • Apesar de alertas de até quinze anos de prisão, pequenos grupos de manifestantes se reuniram nesta quarta-feira, 21, para criticar a decisão do presidente Vladimir Putin de declarar uma “mobilização parcial” de reservistas. Em Novosibirsk, na Sibéria, um protesto aconteceu na frente de uma das maiores estátuas ainda de pé do ex-líder soviético Vladimir Lênin, e diante da maior casa de ópera do país.

    Em um raro discurso gravado à nação, Putin pediu uma “mobilização parcial” de 300.000 pessoas com experiência militar. Embora Moscou tenha sofrido perdas significativas recentemente no campo de batalha, ele disse que os objetivos da Rússia na Ucrânia não mudaram e que a medida era “necessária e urgente” porque o Ocidente “ultrapassou todos os limites” ao fornecer armas sofisticadas à Ucrânia.

    Outro ato foi registrado em Tomsk, onde a polícia chegou rapidamente para retirar os manifestantes, assim como em Novosibirsk.

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    Prevendo a impopularidade da decisão, a Procuradoria de Moscou alertou contra participação em qualquer tipo de protesto, além de publicações nas redes sociais “com informações convocando à participação em atos públicos”.

    “A Procuradoria de Moscou alerta que a distribuição de tal material, assim como a participação em ações ilegais, são puníveis sob a atual legislação administrativa e criminal”, podendo ser vista como “uma ofensiva administrativa, punível incluindo sob forma de prisão por até 15 anos”.

    A mobilização torna obrigatória por lei para os reservistas que são oficialmente convocados para se apresentarem ao serviço, sob pena de multas ou acusações. O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse que estudantes não seriam convocados para lutar e que os recrutas não seriam enviados para a “zona de operações especiais”, o termo que o Kremlin usa para se referir à guerra.

    Police officers detain a man in Moscow on September 21, 2022, following calls to protest against partial mobilisation announced by President Vladimir Putin. - President Vladimir Putin called up Russian military reservists on September 21, saying his promise to use all military means in Ukraine was
    Homem é detido em manifestação em Moscou, na Rússia – (Alexander Nemenov/AFP)

    O número de soldados russos, incluindo separatistas alinhados com a Rússia, membros de empresas de segurança privada e voluntários, atualmente não excede 200.000, segundo estimativas de analistas e especialistas militares. Se a mobilização parcial for bem-sucedida, os novos recrutas mais que dobrarão essa quantidade, tornando mais fácil para a Rússia defender as linhas de frente na Ucrânia.

    Para além dos atos de revolta à decisão, quase todos os voos para fora da Rússia foram esgotados nesta quarta-feira, poucas horas depois da declaração de mobilização. Dados do Google Trends mostraram um aumento nas buscas pelo Aviasales, o site mais popular da Rússia para comprar voos. O anúncio de Putin provocou temores de que alguns homens em idade de lutar não seriam autorizados a deixar o país.

    Os voos de Moscou para as capitais da Geórgia, Turquia e Armênia, todos destinos que permitem a entrada de russos sem visto, foram esgotados apenas minutos depois do anúncio de Putin, segundo dados da Aviasales.

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