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Economia global terá crescimento mais fraco desde 1990, diz chefe do FMI

Efeitos da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia foram as principais causas da desaceleração do crescimento econômico

Por Da Redação
Atualizado em 6 abr 2023, 11h31 - Publicado em 6 abr 2023, 10h47

Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou nesta quinta-feira, 6, que a economia global está a caminho de seu crescimento mais fraco em mais de 20 anos. De acordo com Georgieva, o aumento das taxas de juros pelos maiores bancos centrais do mundo elevam os custos de empréstimos para famílias e empresas, prejudicando o ritmo do avanço econômico.

A pandemia de Covid-19, que começou há três anos, e a guerra na Ucrânia, em fevereiro do ano passado, são as principais causas da desaceleração da economia global em 2022, segundo a diretora. Ela alertou, ainda, que existe a possibilidade de que essas questões persistam ao longo dos próximos cinco anos.

Durante o seu discurso preparatório para cúpulas do FMI em Washington, nos Estados Unidos, que devem ocorrer ao longo deste mês, Georgieva disse que o crescimento global tende a permanecer em 3% até 2028, o índice mais baixo desde 1990.

+ Por que o FMI vê o Brasil em crescimento, mas em ritmo menor que o global

Considerada uma avaliação pessimista, os receios da diretora têm como base o pior choque inflacionário em décadas, que afeta particularmente economias desenvolvidas. Países mais pobres, no entanto, são duramente afetados pelo o aumento dos custos de empréstimos e a queda nas suas exportações para as nações ricas.

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“Isso torna ainda mais difícil reduzir a pobreza, curar as cicatrizes econômicas da crise da Covid-19 e oferecer novas e melhores oportunidades para todos”, explicou Georgieva.

Além disso, a chefe do FMI revelou que crescimento mundial caiu quase que pela metade, de 6,1% para 3,4%, desde o início da recuperação econômica da pandemia de Covid-19, em 2021.

+ Um terço das economias do mundo vai entrar em recessão em 2023, diz FMI

Chamando os últimos acontecimentos no tabuleiro global de “escalar uma ‘grande colina’ após a outra”, ela advertiu também sobre os impactos da desaceleração em países como os Estados Unidos e os integrantes da zona do euro. Segundo a diretora-geral, até 90% das economias “avançadas” serão afetadas negativamente pela crise.

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Nem a China escapou das previsões negativas: o gigante asiático teve um crescimento de 4,4% no PIB do ano passado, distante da pujante realidade de dois dígitos, há uma década. Pequim também tem previsão de desenvolvimento de 0,6% até 2025, segundo o FMI.

“Até agora, provamos ser alpinistas resilientes. Mas o caminho à frente – e especialmente o caminho de volta ao crescimento robusto – é difícil e nebuloso, e as cordas que nos mantêm unidos podem estar mais fracas agora do que há alguns anos”, declarou.

Com o aumento do custo de vida ao redor do mundo, Georgieva disse que um dos principais objetivos para os próximos anos é conter a inflação. “Não pode haver crescimento robusto sem estabilidade de preços – nem sem estabilidade financeira. E, hoje em dia, ambos precisam da atenção dos políticos”, destacou.

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