Diplomatas mexicanos deixam Equador após invasão à embaixada
Presidente do México chamou a ação de 'violação flagrante do direito internacional e da soberania'
Um grupo de dezoito diplomatas deixou o Equador neste domingo, 7, dois dias depois de policiais invadirem a embaixada do México na capital, Quito. O ataque teve como objetivo capturar Jorge Glas, ex-vice presidente equatoriano condenado por corrupção, que havia recebido asilo político do México desde dezembro de 2023, alegando ser vítima de perseguição.
O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador anunciou o rompimento das relações com o país sul-americano no último sábado, 6. “Instruí o nosso chanceler a emitir uma declaração sobre este ato autoritário, proceder legalmente e declarar imediatamente a suspensão das relações diplomáticas com o governo do Equador”, comunicou Amlo. Na ocasião, a ministra das relações exteriores, Alicia Bárcen, antecipou a volta dos diplomatas. “Nosso pessoal diplomático deixa o Equador e volta para casa com a cabeça e o nome do México erguido após um ataque à nossa embaixada”, disse.
Segundo a Convenção de Viena, de 1961, embaixadas e consulados são territórios considerados invioláveis. Para ter acesso às sedes da diplomacia, autoridades locais devem pedir permissão do chefe dos embaixadores estrangeiros.