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Diplomata norte-coreano de alto escalão deserta para Coreia do Sul

O trabalho de Ri Il Kyu era impedir que Havana estabelecesse relações com Seul. Ele tornou-se o mais importante diplomata de Pyongyang a fugir desde 2016

Por Da Redação
Atualizado em 16 jul 2024, 18h37 - Publicado em 16 jul 2024, 09h58
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  • O líder norte-coreano Kim Jong Un participa de um exercício de uma unidade do Exército do Povo Coreano (KPA), Coreia do Norte nesta imagem divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA) em 29 de fevereiro de 2020. KCNA via REUTERS ATENÇÃO EDITORES - ISTO A IMAGEM FOI FORNECIDA POR TERCEIROS. A REUTERS NÃO PODE VERIFICAR ESTA IMAGEM DE FORMA INDEPENDENTE. SEM VENDAS DE TERCEIROS. SAÍDA COREIA DO SUL. NENHUMA VENDA COMERCIAL OU EDITORIAL NA COREIA DO SUL.
    Deserção ocorre em momento de tensões elevadas na Península Coreana, em que o regime de Kim Jong-un declarou a vizinha do Sul como "inimigo número 1". 07/10/2022 - (Foto:Agência Central de Notícias da Coréia do Norte/KCNA/EPA/EFE)

    Um diplomata norte-coreano de alto escalão, que ficava estacionado em Cuba, desertou para a Coreia do Sul, confirmaram meios de comunicação locais com base em informações do Serviço Nacional de Inteligência (SNI) de Seul. Isso fez do homem o funcionário mais importante de Pyongyang a fugir para a vizinha democrática desde 2016.

    O jornal sul-coreano Chosun Ilbo identificou o diplomata como Ri Il Kyu, de 52 anos. Reportagens da local afirmam que o desertor era um conselheiro responsável por assuntos políticos na embaixada norte-coreana em Cuba, onde uma de suas funções era impedir que a rival Coreia do Sul e Havana – aliada dos tempos de Guerra Fria –, estabelecessem laços diplomáticos, informou o jornal, citando uma entrevista com Ri. Em fevereiro, porém, os dois países firmaram relações, o que foi visto como um revés para Pyongyang.

    “Todo norte-coreano pensa pelo menos uma vez em viver na Coreia do Sul”, disse ele em entrevista ao Chosun Ilbo.

    Segundo o SNI, o diplomata desertou em novembro. Isso é comum: detalhes sobre fugas de norte-coreanos costumam demorar meses para vir à tona, uma vez que os desertores precisam fazer cursos sobre a sociedade sul-coreana antes de serem formalmente integrados ao país. A inteligência sul-coreana acrescentou que ele deixou seu país devido à “desilusão com o regime norte-coreano e a um futuro sombrio”.

    A última deserção registrada de um funcionário do governo da Coreia do Norte para a vizinha do Sul foi a de Tae Yong-ho, em 2016. Ele é o ex-vice-embaixador norte-coreano no Reino Unido.

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    Tensões na península

    No domingo 14, a Coreia do Sul marcou a sua primeira cerimônia do Dia dos Desertores Norte-Coreanos. Lá, o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, prometeu melhor apoio financeiro às pessoas que fogem do regime vizinho e incentivos fiscais para empresas que os contratam.

    Yoon, um conservador, adotou uma abordagem mais agressiva em relação à Coreia do Norte e à política externa em geral, em comparação com o seu antecessor, Moon Jae-In. Ele apoia sanções contra o regime de Kim Jong-un e prometeu desenvolver tecnologia para realizar um ataque preventivo a Pyongyang, caso decida tentar atacar Seul.

    A última deserção ocorre num momento de tensões elevadas entre as duas Coreias. Kim abandonou formalmente o objetivo de reunificação com o Sul e recentemente rotulou Seul como “inimigo número 1”. Desde então, a retórica agressiva aumentou em ambos os lados da fronteira.

    Os dois países lançaram balões de propaganda ao longo das suas cidades fronteiriças, sendo que os do norte continham lixo e parasitas. E no início de junho, Pyongyang afirmou ter testado um míssil avançado capaz de carregar uma ogiva nuclear.

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