O rompimento de um oleoduto no último sábado, 2, jogou cerca de 474.000 litros de petróleo na costa da Califórnia, estimaram autoridades do estado. Descrita como uma “catástrofe ambiental” pela prefeita de Huntington Beach, a ruptura da plataforma já causou a morte de peixes e pássaros, que ficaram espalhados pela areia, além de algas, que ficaram encharcadas de óleo.
A mancha de óleo cobriu cerca de 35km2 do Oceano Pacífico, segundo Kim Carr, prefeita de Hutington Beach, a cidade mais atingida pelo derramamento.
“Este vazamento representa uma das situações mais devastadoras que nossa comunidade já lidou em décadas”, disse. “Estamos fazendo tudo em nosso alcance para proteger a saúde e segurança de nosso moradores, nosso visitantes e nossos habitats naturais”.
Na noite de domingo, parte da mancha que cobria a água já havia sido retirada por barreiras colocadas pela Guarda Costeira, que também disse ter aberto uma investigação sobre o caso. Uma teoria analisada, segundo a mídia local, é que a âncora de uma embarcação pode ter atingido parte do oleoduto, dando início ao vazamento.
“Operações de recuperação de petróleo foram conduzidas por 14 barcos na tarde e domingo”, afirmou a Guarda Costeira em comunicado. “Quatro aeronaves foram enviadas para avaliações aéreas. Resposta costeira foi conduzida por 105 funcionários governamentais”.
Mesmo assim, autoridades regionais da saúde aconselharam moradores a evitarem atividades recreativas ao longo da costa e recomendaram que pessoas que possam ter entrado em contato com a mancha de óleo busquem atendimento médico. As áreas afetadas são muito populares entre banhistas e surfistas.
“Mesmo quando uma mancha de óleo pode não estar visível, contaminantes dispersos ou diluídos podem estar na água” disse Clayton Chau, médico do departamento de saúde de Orange County, condado na Califórnia.
Algumas cidades, como Laguna Beach, fecharam todas as suas praias para o público. Outras, como Newport Beach, emitiram alertas para que pessoas evitem contato com áreas impactadas pelo derramamento.
De acordo com Martyn Willsher, CEO e presidente da Amplify Energy, dona do oleoduto, a causa do vazamento ainda não é conhecida. A empresa afirmou nesta segunda-feira que já isolou um ponto específico que pode ter sido responsável.
“Vimos um ponto que pensamos que pode ser a fonte do vazamento”, disse Willsher.