O líder da China, Xi Jinping, pediu que os seus chefes de segurança nacional comecem a se preparar para o “pior cenário possível”, já que há “mares tempestuosos” à vista, informou a agência de notícias estatal Xinhua nesta quarta-feira, 31. Há meses, o Partido Comunista Chinês tem endurecido esforços para combater supostas ameaças internas e externas.
“A complexidade e dificuldade das questões de segurança nacional que agora enfrentamos aumentaram significativamente”, disse Xiuma reunião da Comissão de Segurança Nacional do partido, na terça-feira 30. “Devemos aderir ao pensamento do pior cenário possível, e nos preparar para passar pelos principais testes de ventos fortes e ondas fortes e até mares perigosos e tempestuosos”, acrescentou.
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As instruções severas de Xi, o líder mais poderoso da China em décadas, vêm ao mesmo tempo que Pequim enfrenta uma série de desafios, desde uma economia aos tropeços até o que vê como um ambiente internacional hostil.
Diante disso, Xi disse que a China deve acelerar a modernização de seu sistema e capacidades de segurança nacional, com foco em torná-los mais eficazes no “combate real e no uso prático”. Além disso, pediu pressa na construção de um sistema de monitoramento e alerta precoce de riscos à segurança nacional.
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Desde que chegou ao poder, há uma década, Xi fez da segurança nacional sua principal bandeira e a essência do governo. Ele expandiu o conceito para a noção de “segurança nacional abrangente”, que cobre desde política, economia, defesa, cultura até ecologia e ciberespaço, e a segurança tornou-se uma prioridade maior que o crescimento econômico.
Assim, a China introduziu uma série de leis para se proteger contra “ameaças percebidas”, incluindo leis sobre contraterrorismo, contraespionagem, segurança cibernética, ONGs estrangeiras, inteligência nacional e segurança de dados. Mais recentemente, ampliou o escopo da lei de contraespionagem, que passou a cobrir segredos de Estado para quaisquer “documentos, dados, materiais ou itens relacionados à segurança e interesses nacionais”.
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Pequim também impôs uma ampla lei de segurança nacional em Hong Kong, para reprimir dissidentes depois de grandes protestos democráticos na cidade.