Os advogados do príncipe Andrew pediram nesta terça-feira (4) para que seja encerrado o processo de agressão sexual movido por Virginia Giuffre, 38, que o acusa de abuso sexual quando ela tinha 17 anos.
O tribunal federal de Manhattan, onde corre a ação, deve ouvir os argumentos da defesa do Duque de York para que o processo civil seja rejeitado sem julgamento numa audiência.
A sessão em tribunal será por videoconferência e ocorre um dia após a divulgação do documento de 12 páginas assinado em 2009 pelo financista Jeffrey Epstein – morto em 2019 – e Virginia Roberts, que agora utiliza o sobrenome Giuffre. Os termos do acordo do documento incluem o pagamento de 500 mil dólares.
O argumento da defesa do príncipe Andrew, 61, deve dizer que Virginia abriu mão de quaisquer direitos de processar qualquer pessoa conectada a Epstein que pudesse ser descrita como um “réu em potencial”, como diz no acordo assinado por ela. A declaração afirma que ela concordou em “liberar, absolver, satisfazer e dispensar para sempre” Epstein e “qualquer outra pessoa ou entidade” que poderia ter sido incluída como um potencial réu.
O representante do Duque de York, Andrew B Brettler, disse que o acordo deveria encerrar o processo. O advogado argumentou anteriormente ao tribunal de Nova York que o documento “libera o príncipe Andrew e outros de qualquer suposta responsabilidade decorrente das reivindicações que a Sra. Giuffre fez contra o Príncipe Andrew até o momento”. No entanto, o advogado de Virgínia, David Boies, alegou que era “irrelevante para o caso contra o príncipe Andrew”.
O sucesso desse argumento depende da definição dos beneficiários pretendidos do contrato.
Giuffre está buscando uma indenização não especificada, alegando que ela foi traficada por Epstein para fazer sexo com Andrew quando ela tinha 17 anos e era menor de acordo com as leis dos Estados Unidos. Ela entrou com uma ação civil contra ele em agosto de 2021. O príncipe negou todas as acusações.