O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, visitou nesta quarta-feira, 8, a cidade de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, dois dias depois de um forte terremoto atingir a região. Sua chegada, contudo, foi cercada de críticas sobre a lentidão dos serviços de emergência do governo para resgatar as vítimas dos escombros.
Em algumas áreas gravemente atingidas pelos tremores, famílias disseram que a ineficiência dos resgates os levou a escavar os escombros de edifícios sozinhos para encontrar parentes.
“Sobrevivemos ao terremoto, mas morreremos aqui de fome ou frio”, disse um homem de 64 anos em Antakya, província de Hatay.
Erdogan reconheceu que houve dificuldades com a resposta inicial, mas culpou os atrasos nas estradas e aeroportos danificados.
Segundo dados oficiais, mais de 11.000 pessoas no sul da Turquia e no norte da Síria foram mortas.
Os Capacetes Brancos, que lideram os esforços para resgatar pessoas em áreas controladas por rebeldes na Síria, dizem que o tempo para salvar as pessoas está se esgotando. O chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse que a resposta ao desastre é “uma corrida contra o tempo”.
Nesta quarta-feira, mais imagens dramáticas de resgates começaram a circular pelas redes. Uma família de seis pessoas foi retirada com vida dos escombros na cidade síria de Idlib, enquanto um homem passou horas segurando a mão de sua filha, morta em meio aos restos de um edifício, até que os serviços de resgate chegassem.