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Corpos de 87 pessoas são encontrados em vala comum no Sudão, diz ONU

Vítimas supostamente mortas por paramilitares sudaneses e milícias aliadas são encontrados em cova rasa no oeste de Darfur

Por Da Redação
Atualizado em 13 jul 2023, 11h17 - Publicado em 13 jul 2023, 09h17
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  • EDITORS NOTE: Graphic content / A picture taken on June 16, 2023, shows bodies strewn outdoors near houses in the West Darfur state capital El Geneina, amid ongoing fighting between two generals in war-torn Sudan. The UN, African Union and east African regional bloc IGAD, in a joint statement on June 19 expressed particular concern about "the rapidly deteriorating situation in Darfur", adding the conflict had "taken on an ethnic dimension, resulting in targeted attacks based on people's identities and subsequent displacement of communities". (Photo by AFP)
    Corpos espalhados ao ar livre na capital do estado de Darfur Ocidental, El Geneina, em meio a combates contínuos entre dois generais no Sudão. 16/06/2023 - (AFP/AFP)

    O escritório de direitos humanos das Nações Unidas disse nesta quinta-feira, 13, que pelo menos 87 pessoas, muitas da etnia masalita, foram encontradas enterradas em uma vala comum em Darfur, no Sudão. De acordo com o órgão, tudo indica que o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR), que travam uma batalha contra o exército regular do país, foram responsáveis pelo massacre.

    Membros das FAR negaram qualquer envolvimento, dizendo que o grupo paramilitar não fazia parte do conflito no oeste de Darfur, onde foi encontrada a cova rasa.

    A violência motivada por diferenças étnicas aumentou nas últimas semanas, acompanhando os confrontos entre as facções militares rivais que eclodiram em abril. Em El Geneina, grupos de direitos humanos relataram ondas de ataques das FAR e de milícias árabes contra o povo não-árabe Masalit, incluindo tiroteios à queima-roupa.

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    O comunicado das Nações Unidas disse que a população local foi forçada a se livrar dos corpos das vítimas, que incluíam mulheres e crianças, em uma área aberta perto de Darfur entre 20 e 21 de junho. Algumas das pessoas morreram de ferimentos não tratados, acrescentou o texto.

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    “Eu condeno veementemente o assassinato de civis e indivíduos fora do combate, e estou ainda mais chocado com a maneira insensível e desrespeitosa com que os mortos, suas famílias e comunidades foram tratados”, disse o alto comissário das Nações Unidas para os direitos humanos, Volker Türk, no mesmo comunicado. Ele pediu uma investigação imediata e completa.

    Um porta-voz das Nações Unidas acrescentou que não foi possível determinar exatamente que parte dos mortos eram masalitas.

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    Combates entre o exército regular do Sudão, chefiado por Abdel Fattah al-Burhan, e as FAR, comandadas por seu ex-vice Mohamed Hamdan Dagalo, eclodiram em 15 de abril.

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    Centenas de milhares de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas em Darfur, de acordo com grupos de direitos humanos. A maioria cruzou a fronteira para o vizinho Chade. Cidades e vilarejos inteiros na província de Darfur Ocidental foram incendiados e saqueados.

    Os assassinatos étnicos levantaram temores de uma repetição das atrocidades perpetradas em Darfur depois de 2003, quando a milícia Janjaweed – que formou as FAR, posteriormente – ajudaram o governo a reprimir uma rebelião de grupos não-árabes em Darfur, matando aproximadamente 300 mil pessoas.

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    O porta-voz do Exército do Sudão, brigadeiro-general Nabil Abdullah, disse à agência de notícias Reuters que a descoberta das valas comuns “aumenta ao nível de crimes de guerra” e que esses tipos de crimes “devem ser responsabilizados”.

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    “Esta milícia rebelde não luta contra o exército, mas contra o cidadão sudanês, e seu projeto é um projeto racista e um projeto de limpeza étnica”, declarou Abdullah.

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