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Coronavírus: Senadores republicanos ameaçam atrasar pacote econômico

Quatro legisladores contestam o aumento do seguro-desemprego para US$ 600 por semana, exigido pela oposição democrata

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h26 - Publicado em 25 mar 2020, 19h49
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  • Um grupo de quatro republicanos do Senado dos Estados Unidos ameaçou votar contra o pacote de estímulos de 2 trilhões de dólares para diminuir as consequências do coronavírus sobre a economia do país. O motivo foi o suposto excessivo aumento no valor do seguro-desemprego para trabalhadores, proposto no texto pela oposição democrata. O pacote deve ser votado ainda nesta quarta-feira, 25, mas pode ser atrasado por causa dessa nova insatisfação.

    Lindsey Graham e Tim Scott, da Carolina do Sul, Ben Sasse, do Nebraska, e Rick Scott, da Flórida, disseram que o aumento deve ser um “erro de redação”. Eles afirmaram que o valor elevado do benefício incentivaria trabalhadores a pedirem demissão, em vez de permanecerem nos empregos atuais, porque poderiam receber mais dinheiro com o seguro-desemprego do que de seus patrões.

    No domingo 22 e na segunda-feira 23, os democratas haviam barrado o texto por considerarem insuficientes os benefícios para os desempregados e muito leve a fiscalização do auxílio destinado a grandes empresas.

    Os detalhes finais do projeto ainda não foram divulgados, mas os negociadores do Senado chegaram a um acordo que inclui um pagamento adicional de 600 dólares por semana a cada beneficiário do seguro-desemprego. Profissionais que normalmente não se qualificariam a esse subsídio – como trabalhadores da gig-economy, funcionários de licença e freelancers – também teriam direito à bolsa, segundo a emissora americana NBC News.

    O líder da minoria no Senado, o democrata Chuck Schumer, disse que o aumento “garante que os trabalhadores demitidos, em média, recebam seu salário integral por quatro meses”.

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    Além de ampliar o seguro-desemprego, o pacote de estímulo inclui ajuda financeira direta aos americanos afetados pela crise, concede subsídios a pequenas empresas e centenas de bilhões de dólares em empréstimos para as grandes empresas, incluindo as companhias aéreas.

    “Supervisão meticulosa”

    O pré-candidato democrata à presidência Joe Biden disse nesta quarta-feira que o pacote de estímulo “ajuda muito”, mas não é abrangente o suficiente e exige “supervisão meticulosa”.

    “Precisamos garantir que o dinheiro chegue às pessoas rapidamente e acompanhar de perto como as empresas administram os fundos para ter certeza de que estamos ajudando os trabalhadores, não empresários ricos ou os acionistas”, disse o ex-vice-presidente durante uma entrevista em vídeo. Além disso, Biden criticou a suspensão dos pagamentos de empréstimos para a educação, propondo “perdoar ao menos 10.000 dólares das dívidas de cada estudante” se for eleito em novembro.

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    Favorito na corrida democrata, Biden também disse que o presidente Donald Trump “minimizou a gravidade da crise por semanas”, afirmando que levará mais tempo para o país se recuperar dos impactos do coronavírus. O líder americano afirmou nesta terça-feira 25 que esperava a reabertura do comércio e da produção no país até a Páscoa, dia 12 de abril.

    Também pré-candidato democrata, o senador Bernie Sanders permanece na corrida mesmo após uma série de resultados decepcionantes nas eleições primárias. Sanders e Biden podem vir a se encontrar no próximo debate do Comitê Nacional Democrata marcado para abril, se não for suspenso por causa da epidemia. O senador disse que irá, se confirmado.  “Acho que já tivemos debates suficientes. Acho que devemos acabar logo com isso”, disse Biden.

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