O governo da China determinou nesta terça-feira, 3, aos seus cidadãos no exterior que evitem, se possível, o retorno a suas casas. Pequim teme que o coronavírus volte a se espalhar dentro do país a partir de infectados vindos de fora do país. Nas últimas semanas, os números de novos casos de contaminação vêm diminuindo dentro do território chinês, mas aumentando no resto do mundo.
Ao mesmo tempo em que o governo central fez esse pedido, diversas cidades da China começaram a tomar medidas para evitar a importação do coronavírus. Em Xangai, todos os viajantes, independentemente da nacionalidade, vindos de locais onde o surto de COVID-19, nome dado à doença causada pelo coronavírus, é mais grave, deverão permanecer em quarentena por 14 dias.
A cidade de Dandong, que faz fronteira com a Coreia do Norte, começará a examinar todos os visitantes que chegaram a partir de 12 de fevereiro. Aqueles que vieram desde 28 de fevereiro serão avaliados em hotéis designados para a quarentena.
A preocupação do governo chinês ocorre porque o número de novas infecções diárias no exterior já ultrapassa os da China, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O país confirmou 206 novos casos da doença na segunda-feira 2, enquanto no restante do mundo 1.598 novos casos de COVID-19, foram diagnosticados segundo o boletim diário da OMS. Fora da província de Hubei, o epicentro da doença, surgiram 11 casos “importados” do coronavírus com origem na Itália, segundo o governo.
Cerca de 70 países, fora a China, foram afetados pelo coronavírus. No total, 3.043 pessoas morreram e outras 88.948 foram infectadas. Os surtos mais graves afligem a Coréia do Sul, com 4.212 casos, a Itália, com 1.689, e o Irã, com 978. Há duas pessoas infectadas pelo vírus no Brasil, enquanto o Ministério da Saúde monitora outros 433 casos suspeitos da doença.
(Com Reuters)