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Coronavírus: novas restrições afetam 13 milhões no Reino Unido

Entre novas medidas anunciadas pelo premiê britânico estão uso obrigatório de máscaras e manutenção da proibição de público em eventos esportivos

Por Da Redação
Atualizado em 22 set 2020, 13h25 - Publicado em 22 set 2020, 13h00
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  • O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reconheceu nesta terça-feira, 22, durante um discurso para informar sobre novas medidas de restrição, que o Reino Unido está em um momento “perigoso” da pandemia de Covid-19.

    Em declaração na Câmara dos Comuns, Johnson anunciou as novas medidas obrigatórias para conter o vírus, como o uso de máscara em bares, restaurantes e lojas. As multas para quem não cumprir as medidas de segurança ficarão mais pesadas.

    O premiê, que se pronunciará à nação ainda neste terça, ressaltou que o objetivo do governo é manter um equilíbrio entre a necessidade de salvar vidas e a redução do impacto econômico das medidas, que serão mantidas por cerca de seis meses, inicialmente.

    O Reino Unido é o país mais atingido na Europa, com 398.625 casos registrados, incluindo cerca de 42.000 mortes. Na segunda-feira, os principais assessores das áreas médica e científica do governo alertaram que, sem medidas rigorosas, o país pode atingir 50.000 novos casos diários em meados de outubro, o que pode levar a 200 mortes diárias no mês seguinte.

    Johnson, que disse querer evitar outro confinamento total, confirmou várias medidas antecipadas pelo governo na noite de segunda-feira 21, como toques de recolher em pubs, bares e restaurantes a partir da noite desta sexta-feira para diminuir os contatos sociais, a principal origem dos contágios. O político conservador também pediu para que os britânicos trabalhem no esquema de home office, mas que está permitido trabalhar presencialmente caso a atividade remota não seja possível.

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    Essas medidas serão implementadas somente na Inglaterra, enquanto a Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte decidirão por conta própria o que fazer.

    Os locais de trabalho na Inglaterra estarão obrigados por lei a cumprir as medidas de higiene e segurança contra a Covid-19, e será suspenso o plano original de suavizar a proibição da presença público em eventos esportivos. Além disso, a partir da próxima segunda-feira, dia 28, apenas 15 pessoas poderão comparecer a um casamento.

    Johnson realizou nesta terça-feira uma reunião do comitê de emergência, formado pelos principais ministros e autoridades. Foi decidido que o governo multará o equivalente a 1.400 reais quem não usar máscara nos lugares em que o uso é obrigatório.

    A crise de saúde também pode levar à supressão de um milhão de empregos neste ano, segundo o britânico Institute for Employment Studies (IES), que alerta que 200.000 postos devem ser extintos apenas no quarto trimestre. De acordo com o grupo, a previsão é que 450.000 desapareçam entre julho e setembro. Segundo a associação Trussell Trust, que dirige uma rede de bancos de alimentos em todo o Reino Unido, 670.000 pessoas devem entrar na penúria até o fim do ano, o que significa que não podem se alimentar ou residir adequadamente. 

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    Futebol sem torcida

    Entre as novas restrições anunciadas por Johnson, está a manutenção da proibição de público dentro dos estádios de futebol. Horas antes da fala do premiê, o ministro de Estado, Michael Gove, havia anunciado que uma “reabertura em massa” dos estádios não seria adequada, apesar das dificuldades econômicas no ambiente esportivo devido à crise econômica provocada pela pandemia.

    “Um programa por etapas para o retorno das pessoas estava em estudo, não era uma questão de ter os estádios lotados”, explicou Gove em entrevista para a BBC. “O que queremos é que, quando as circunstâncias permitirem, as pessoas possam voltar”, destacou.

    Os dirigentes esportivos de mais de 100 clubes alertaram Boris Johnson sobre as perdas econômicas devido à falta de lucro na venda de ingressos, solicitando socorro emergencial. O diretor esportivo da Premier League, a primeira divisão do futebol inglês, Richard Masters, falou na terça-feira sobre uma situação “crítica”.

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    (Com EFE)

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