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Coronavírus já matou mais nos EUA do que atentados de 11 de setembro

Ao passar a casa de 3.000 vítimas, a pandemia da Covid-19 em solo americano ultrapassou em baixas o maior trauma da história do país

Por Da Redação Atualizado em 31 mar 2020, 13h41 - Publicado em 31 mar 2020, 12h15
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  • TORRES GÊMEAS - Depois do atentado do 11 de Setembro em Nova York, o presidente americano George Bush mostrou força
    TORRES GÊMEAS - Depois do atentado do 11 de Setembro em Nova York, o presidente americano George Bush mostrou força (Masatomo Kuriya/Corbis/.)

    O número de mortes em decorrência de complicações causadas pelo coronavírus nos Estados Unidos alcançou 3.400 vítimas nesta terça-feira 31, segundo levantamento do jornal The New York Times. Essa cifra superou outra igualmente traumática na história americana: os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que tiraram a vida de 2.977 civis, além dos 19 sequestradores envolvidos no que é até hoje o mais letal ataque realizado contra cidadãos comuns em todo o planeta.

    O número de infectados com a Covid-19 também já alcançou 173.741 nos Estados Unidos, o que supera com facilidade a conta daqueles cuja saúde foi impactada diretamente pelo episódio conhecido também como 9/11. Estima-se que mais de 25.000 pessoas, entre profissionais de resgate e sobreviventes, morreram ou sofrem até hoje com problemas causados pela queda das Torres Gêmeas de Nova York e pelo impacto de outra aeronave contra o prédio do Pentágono, no estado de Virgínia.

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    O quadro dá a dimensão da atual tarefa nos ombros do presidente americano, Donald Trump, que por meses considerou a epidemia como algo que milagrosamente desapareceria e que relutou até o domingo 29 a recomendar aos cidadãos a reclusão absoluta em suas casas e a preservação das atividades produtivas e comerciais. Trump mudou de discurso assim que viu os números de contagiados alcançar 120.000 e o mais triste, de mortos, passar de 2.100 em seu país. Seu principal assessor para a área de saúde pública, Anthony Fauci, havia naquele mesmo dia projetado que óbitos chegariam a 200.000 nos Estados Unidos. Naquele momento, determinou aos cidadãos que se mantenham em suas casas até 30 de abril.

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    Em plena campanha de reeleição, o republicano terá compreendido que sua missão, agora, será equivalente a de George W. Bush em 2001, e a do democrata Franklin Delano Roosevelt que, em 1941, teve de responder ao primeiro ataque ao território dos Estados Unidos. O bombardeio japonês a Pearl Harbor, no Havaí, matou 2.403 americanos e lançou o país aos combates da Segunda Guerra Mundial. Neste momento, até mesmo por sua demora em tomar as necessárias medidas restritivas adotadas pela China desde janeiro, Trump tem seu país como o epicentro da epidemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

     

    O primeiro caso de contaminação nos Estados Unidos se deu no final de janeiro no estado americano de Washington, na costa oeste. A epidemia está agora presente nos 50 estados americanos e na capital federal, com especial dramaticidade em Nova York, onde o governador Andrew Cuomo percebeu bem antes de Trump a gravidade do cenário. “Eu não quero saber se você vive no Kansas ou no Texas. Não há americano imune. O que está acontecendo em Nova York não é uma anomalia. Qualquer um que diva que esta é uma situação só da cidade de Nova York está em situação de negação”, afirmou Cuomo na segunda-feira 30.

    A condição de Nova York, antes a mais movimentada cidade do ocidente, tornou-se um ícone da devastação causada pelo coronavírus. Apesar das ruas vazias há semanas, o estado registra 75.795 casos confirmados de Covid-19 – 8.000 a mais do que o total em Hubei, a província chinesa onde surgiu a epidemia. Mais chocante ainda são as 1.550 mortes.

     

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