Epicentro do surto do novo coronavírus (SARS-CoV-2) na Europa, as autoridades italianas registraram nesta segunda-feira, 22, o segundo dia seguido de queda no total de mortes em decorrência da Covid-19, doença provocada por esse patógeno. A Itália é o segundo país mais atingido em todo o mundo pela pandemia, com cerca de 63.927 casos confirmados e 6.077 mortes, segundo o jornal Corriere della Sera.
“Não sinto vontade de ir muito longe, em parte porque hoje vemos os efeitos do que aconteceu. Observamos que as medidas estão funcionando, mas é muito cedo para falarmos sobre tendências em queda”, disse o chefe de Proteção Civil, Angelo Borrelli, conforme o jornal italiano Il Sole 24 Ore.
Nesta segunda-feira, 601 pessoas morreram na Itália, o que representa uma queda de 7% em relação ao número registrado no domingo 22 — 651 mortes. Desde sábado 21, quando foi contatado o recorde de 793 mortos, o índice de letalidade da doença caiu em quase 25%.
O feito, entretanto, não é inédito. As autoridades italianas também haviam registrado outra redução no registro diário de mortos entre 15 e 17 março, quando ainda não havia passado de 400 óbitos por dia. Nesta segunda-feira, demonstraram cautela.
As mortes de centenas de pessoas a cada dia no país forçou o governo italiano a incumbir o Exército do recolhimento e traslado de corpos para crematórios e cemitérios na região norte, a mais afetada pela epidemia. A proibição a reuniões se estende aos funerais, o que impede parentes e amigos de se despedirem dos seus e de compartilharem o luto. Igrejas foram abertas para acolher os caixões.