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Contra protestos, líder do Irã diz que República Islâmica é inabalável

Pelo menos 200 pessoas foram mortas na repressão contra os protestos por direitos da mulher, inclusive adolescentes, segundo grupos de direitos humanos

Por Da Redação
Atualizado em 14 out 2022, 20h02 - Publicado em 14 out 2022, 17h28
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  • O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamanei, fala durante sua reunião com estudantes em Teerã, Irã. 18/10/2017
    O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamanei, fala durante reunião com estudantes em Teerã, Irã - 18/10/2017 (Iranian Leader's Press Office - Handout/Anadolu Agency//Getty Images)

    O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse nesta sexta-feira, 14, que ninguém pode acabar com a República Islâmica. Essa foi sua advertência mais dura às manifestações que acontecem há quatro semanas em todo o país pela morte da jovem de 20 anos Mahsa Amini sob custódia policial.  

    “(A República Islâmica) é uma árvore poderosa agora e ninguém deve ousar pensar que pode arrancá-la”, disse o aiatolá à TV estatal. 

    Após a morte da mulher iraniana, presa por utilizar seu hijab, lenço islâmico, de maneira “imprópria”, manifestações ao redor do mundo começaram a pedir pela queda de Khamenei e pela “Morte à República Islâmica”. Mesmo que a agitação ainda não tenha derrubado o regime extremista, os protestos são os mais ousados desde a revolução de 1979. 

    Grupos de direitos humanos dizem que mais de 200 pessoas foram mortas na repressão contra os protestos, incluindo adolescentes. A Anistia Internacional afirma que pelo menos 23 adolescentes morreram. 

    Alguns dos ataques mais violentos aconteceram em áreas que abrigam minorias étnicas com queixas de longa data contra o Estado, como curdos no noroeste e baluchis no sudeste. Mesmo que o país negue, grupos de direitos humanos dizem que minorias, incluindo curdos e árabes, enfrentam discriminação da maioria persa há muito tempo. 

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    Autoridades negam que as forças de segurança tenham matado manifestantes. O Irã atribui a violência a inimigos em casa e no exterior, incluindo separatistas armados pelos Estados Unidos e por Israel, acusando-os de conspirar contra a República Islâmica.

    A TV estatal informou que pelo menos 26 membros das forças de segurança foram mortos. Além disso, mostrou comícios pró-governo em Teerã para o aniversário do profeta islâmico Mohammad.

    Embora muitas autoridades tenham adotado um tom intolerante ao falar sobre os protestos, um alto conselheiro de Khamenei fez uma crítica rara ao Estado e questionou se a polícia deveria impor o uso do hijab. 

    Potências ocidentais condenaram a morte de Mahsa Amini e a repressão contra os protestos, impondo novas sanções às autoridades iranianas. Os Estados Unidos, no entanto, esforçam-se para dosar as punições, pois também tentam reviver um importante acordo nuclear com Teerã, paralisado desde 2015.

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