Ao menos 200 pessoas foram presas em Paris durante os protestos de 1º de Maio nesta quarta-feira, segundo a prefeitura. Em todo a França, estima-se que 115.000 manifestantes tenham saído às ruas para marcar do Dia do Trabalhador.
Durante a manhã, na capital, policiais entraram em confronto com manifestantes mascarados e lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão que se concentrava na frente da estação de trens Montparnasse.
O número de feridos não foi divulgado, mas ao menos dois homens com ferimentos na cabeça foram socorridos por paramédicos no local, segundo a agência Associated Press.
Os confrontos chegaram a tal nível de violência que Philippe Martinez, secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho, principal sindicato organizador, teve que ser retirado da passeata.
Entre os manifestantes, há grupos de pessoas encapuzadas e vestidas de preto que gritam contra a polícia, misturados com coletes amarelos e membros de sindicatos.
As autoridades francesas já haviam alertado na terça-feira 30 sobre a possibilidade de distúrbios causados por grupos anarquistas da extrema esquerda, conhecidos como black blocs. Segundo a polícia, páginas nas redes sociais convocaram os membros da gangue a saírem às ruas.
Os organizadores do movimento coletes amarelos também convocaram seus apoiadores. Os manifestantes protestam desde o ano passado contra o governo de Emmanuel Macron e sua política fiscal.
Até as 14h45 do horário local (9h45 em Brasília), as autoridades de Paris relataram ter prendido ao menos 200 pessoas, entre elas apoiadores dos black blocs. Cerca de 12.528 postos de controle preventivos foram instalados pela polícia na cidade.
Ao todo, segundo o Ministério do Interior, por volta de 25.000 a 35.000 pessoas protestam na capital.
No total, durante a manhã, foram realizados mais de 9.000 controles de identidade para tentar prevenir a chegada de manifestantes violentos. Diante do risco de distúrbios, foram mobilizados 7.400 policiais em Paris para garantir a segurança.
(Com EFE)