Instalado em um antigo campo de golfe em Seongju, na Coreia do Sul, o escudo antimísseis americano THAAD foi projetado para interceptar e destruir projéteis de curto e médio alcance. Sua implantação na Coreia do Sul é uma resposta dos Estados Unidos aos repetidos testes com mísseis balísticos realizado na região pelo líder norte-coreano Kim-Jong-un e tem como objetivo proteger o país aliado de um possível ataque de do regime da Coreia do Norte.
O sistema THAAD é formado por três partes essenciais:
- Radar: o ANTPY-2, com alcance de cerca de 1.000 km, detecta o lançamento inimigo.
- Centro de Comando: recebe os dados e aciona o disparo do lançador.
- Lançador: atira o míssil interceptador contra o alvo detectado. Cada lançador carrega até 8 mísseis.
O THAAD é capaz de destruir mísseis até 200 km de distância. Seu radar, que tem alcance de cerca de 1.000 km, pode ser alterado e estender a cobertura para até 2.000 km. O escudo americano tem ainda duas características importantes: é um sistema móvel, que pode ser facilmente transportado e montado, e seus mísseis não carregam explosivos. Os projéteis inimigos são derrubados apenas com o impacto, o que minimiza o risco de detonações.
O campo de ação do radar do THAAD causou discórdia, especialmente com China e Rússia. Nesta terça-feira, após a confirmação pelo Exército dos Estados Unidos de que o escudo antimísseis já está em funcionamento, o governo Chinês pediu a suspensão “imediata” da instalação do sistema. Pequim denunciava há vários meses a instalação do dispositivo, ao alegar que prejudica sua própria força de dissuasão e possíveis negociações de paz com Pyongyang. Asim como a Rússia, alega que o sistema invade seus territórios e coloca em risco o equilíbrio da região.
A montagem do sistema em Seongju também provocou reações de sul-coreanos, que acreditam que o sistema coloca em risco os moradores da região, e torna o local um alvo para o inimigo.
(com AFP)