A facção libanesa Hezbollah informou nesta quarta-feira, 3, que um de seus principais líderes, Mohammed Nimah Nasser, foi morto em um ataque aéreo israelense em Tiro, no sul do Líbano. Nasser era chefe da unidade Aziz, responsável pela região sudoeste, na fronteira com Israel.
A Agence France-Press disse que, além de Nasser, outro membro do Hezbollah e um civil foram mortos no ataque. Em resposta, o grupo lançou 100 foguetes em direção ao norte israelense. Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), Nasser comandava a unidade responsável por lançar mísseis do Líbano, acusando-o de ter comandado um “grande número de ataques terroristas”.
🇮🇱🇱🇧 Israel ha matado en la ciudad libanesa de Tiro con un dron a Mohammed Nimah Nasser, jefe de la unidad Aziz de Hezbolá. Es el tercer alto mando que asesina Israel desde octubre. pic.twitter.com/zDsJTQQVed
— Descifrando la Guerra (@descifraguerra) July 3, 2024
Em sua declaração, o Hezbollah se referiu a Nasser como um comandante, designação que a facção libanesa utiliza apenas com membros seniores mortos em ataques israelenses. Os outros únicos agentes a serem chamados com essa classificação foram Taleb Sami Abullah, antigo comandante da divisão regional de Nasr, que foi morto no mês passado, e Wissam al-Tawil, vice-chefe da unidade de Radwan, que morreu em janeiro.
O assassinato de Abdullah desencadeou uma escalada nos ataques — na época, o Hezbollah lançou mais de 200 drones e foguetes contra cidades no norte de Israel e nas bases das FDI. Em seguida, militares israelenses dispararam mais 100 foguetes.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que as forças israelenses estariam prontas para tomar qualquer ação contra o Hezbollah, mas que Israel preferia assinar um acordo negociado. Além disso, Gallant afirmou que os tanques da FDI que estão em Rafah poderiam chegar rapidamente até o norte da fronteira libanesa.
Anteriormente, Nasser comandou as forças especiais do Hezbollah, além de ter se envolvido em ataques contra Israel, incluindo o sequestro de soldados israelenses em 2006.
Desde o início da escalada do conflito entre Israel e o Hezbollah, houve uma onda de esforços diplomáticos para evitar uma guerra entre ambos. As Nações Unidas e os Estados Unidos já alertaram sobre as possíveis consequências que um confronto maior entre os dois, com o Irã e aliados envolvendo-se.