A Fifa anunciou nesta terça-feira, 6, que a Copa do Mundo de 2022 no Catar já garantiu cifras inéditas para a entidade. Durante todo o ciclo de organização do evento, que teve início em 2019, já foram arrecadados US$ 7,5 bilhões, o equivalente a R$ 39 bilhões, valor que vai aumentar ainda mais até o final do torneio.
De acordo com o presidente da federação, Gianni Infantino, isso foi possível porque a Fifa conseguiu vender todas as cotas de patrocínio disponíveis para esta edição. Divididas em três grupos, as cotas foram adquiridas por quase 30 empresas como Adidas, Coca-Cola, Budweiser, McDonald’s e Vivo.
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“A principal receita ocorre através da Copa do Mundo. Com essa verba, a entidade deve investir cada vez mais no desenvolvimento do futebol, na base, na raiz, para que o esporte se recicle e chegue em todos os cantos do planeta. Assim, a modalidade se manterá forte no médio e longo prazo”, explica o especialista em marketing esportivo, Fábio Wolff.
Quem também lucrou com o recorde de arrecadação foram as confederações nacionais participantes, que receberam quase US$ 2 bilhões (R$ 10,5 bilhões) da Fifa, valor que supera em 10% os pagos na última edição do torneio, em 2018.
Todas as 32 seleções participantes recebem no mínimo US$ 9 milhões (R$ 47 milhões), quantia que vai aumentando à medida que os times avançam de fase. A equipe campeã, que receberá a maior premiação, deve ganhar US$ 42 milhões (R$ 220 milhões) da entidade.
Outro fator fundamental para o sucesso financeiro da competição é a quantidade de espectadores. De acordo com a Fifa, cerca de 5 bilhões de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro assistirão a Copa do Mundo no Catar, superando os 3,5 bilhões registrados no mundial da Rússia, quatro anos antes.
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“A chegada de novas plataformas no cenário da transmissão esportiva democratiza ainda mais o acesso do público a tais eventos. Dessa maneira, mais pessoas conseguem acompanhar o conteúdo exibido, aumentando o alcance das marcas parceiras”, diz o diretor da NSports, Guilherme Figueiredo.
No Brasil, um dos 223 países que assistem ao torneio, as opções para assistir vão desde a televisão aberta até serviços de streaming totalmente gratuitos, como o Fifa+, e até transmissões abertas no YouTube.
“Com mais alcance, as empresas começam a pagar valores ainda mais altos nos contratos. Todo esse ciclo fortalece a competição, que tem tudo para seguir em pleno crescimento, tanto no aspecto financeiro, quanto no apelo junto aos torcedores”, completa Figueiredo.