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Com oponentes presos, Daniel Ortega é reeleito presidente da Nicarágua

OEA e União Europeia colocaram em dúvida a legitimidade do pleito por falta de garantias sobre a transparência

Por Da Redação
8 nov 2021, 09h06
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  • O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, foi reeleito para um quinto mandado de cinco anos, o quarto consecutivo, ao obter 74,99% dos votos nas eleições gerais do país realizadas neste domingo 7. Durante a campanha, o líder autoritário ordenou a prisão de sete aspirantes a candidatos.

    Com os políticos detidos acusados de “traição à pátria”, Ortega, que está no poder desde 2007, largou com ampla vantagem para sair vencedor do pleito. Sua chapa é integrada ainda pela sua mulher, Rosario Murillo, que voltará a ser vice-presidente.

    O segundo colocado na disputa foi o deputado Walter Espinoza, do Partido Liberal Constitucionalista, que tem 14,4% da preferência popular, seguido pelo também parlamentar e reverendo Guillermo Osorno, do Caminho Cristão Nicaraguense (CCN), que tem 3,44%..

    Mais de 4,4 milhões de pessoas estavam aptas a votar nas eleições, que elegem também90 deputados da Assembleia Nacional e mais 20 do Parlamento Centro-Americano (Parlacen). De acordo com o governo, houve participação de 65,34% dos eleitores habilitados. No entanto, o observatório independente Urnas Abertas indicou que o índice de abstenção chegou a 81,5%.

    As eleições da Nicarágua foram alvo de críticas de diversos setores nacionais e da comunidade internacional, devido a prisão de sete pré-candidatos, causando a ausência de oposição, assim como a eliminação de três partidos políticos, o impedimento de observação externa e a criação de leis que restringiram a participação.

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    Órgãos como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia (UE) colocaram em dúvida a legitimidade do pleito por falta de garantia sobre a transparência. Depois do fechamento dos colégios eleitorais, o governo da Costa Rica anunciou que não reconheceria os resultados, pela “ausência de condições e garantias” necessárias em uma democracia.

    (Com EFE)

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