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Com minas e trincheiras, Rússia se prepara para contraofensiva na Ucrânia

Suspeita é que operação militar ucraniana tenha objetivo de retomar controle de territórios anexados por Moscou no ano passado

Por Da Redação
4 abr 2023, 17h07
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  • DONETSK, UKRAINE - DECEMBER 19: Members of a Ukrainian artillery unit cover their ears as an M109 self propelled artillery unit is fired at Russian mortar positions around Vuhledar from a frontline position on December 19, 2022 in Donetsk Region, Ukraine. A large swath of Donetsk region has been held by Russian-backed separatists since 2014. Russia has tried to expand its control here since the February 24 invasion. (Photo by Chris McGrath/Getty Images)
    Soldados ucranianos disparam contra morteiros russos em torno da cidade de Vuhledar, no sudeste da Ucrânia. 19/12/2023 - (Chris McGrath/Getty Images)

    A Rússia está reforçando o seu sistema de defesa com a implementação de minas e a construção de trincheiras no sul da Ucrânia, de acordo com informações divulgadas por autoridades ucranianas nesta terça-feira, 4. A suspeita é que forças ucranianas estejam planejando uma contraofensiva para retomar o controle dos territórios de Zaporizhzhya, Kherson e Donetsk, anexados por Moscou em setembro do ano passado.

    Segundo Ivan Fedorov, prefeito exilado de Melitopol, cidade localizada em Zaporizhzhya, a força militar de Moscou passou a cavar barreiras defensivas nas fronteiras entre as regiões controladas pelo Kremlin. Fedorov tem utilizado o aplicativo de mensagens Telegram para comunicar a movimentação dos soldados russos, com base em informantes que ficaram na cidade.

    Caso reconquistada pelos ucranianos, Melitopol representaria uma grande perda estratégica para a Rússia. A cidade liga a Crimeia, que foi anexada pela Rússia em 2014, e o território ocupado pelos russos no leste da Ucrânia por meio de um eixo ferroviário e rodoviário. A retomada de controle por Kiev dificultaria, então, o reabastecimento dessas áreas.

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    Além disso, uma nova ofensiva em Zaporizhzhya, ao leste do rio Dnipro, seria um caminho para impossibilitar os frequentes bombardeiros em Kherson. O chefe da administração militar regional, Oleksandr Prokudin, alegou que foram realizados mais de 60 ataques locais russos nas últimas 24 horas e que uma pessoa morta.

    Na semana passada, o chefe do órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas, Rafael Mariano Grossi, visitou a fronteira e afirmou que ambas as tropas fortaleceram sua presença em Zaporizhzhya. As novas investidas ucranianas contariam com tanques dos Estados Unidos e outros aliados ocidentais, assim como tropas ucranianas recém-treinadas pelo Reino Unido.

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    As tropas de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, seguem com a estratégia de não comunicar os próximos passos de sua contraofensiva, mas os ataques constantes ao leste, nos últimos meses, tornam a região um possível ponto focal.

    A imprevisibilidade de Kiev já trouxe benefícios anteriormente. Em setembro do ano passado, uma ofensiva rápida em Kharkiv, no nordeste do país, surpreendeu Moscou, já que os indícios apontavam que Kherson, ao sul, seria o local do próximo ataque ucraniano.

    Zelensky, no entanto, pode ter informado os objetivos do seu país, que talvez sejam colocados em prática pelos soldados ucranianos. “Haverá um dia em que diremos: o último ocupante fugiu ou foi morto na região de Donetsk, região de Luhansk, região de Kherson e em todo o nosso sul”, disse em um discurso recente.

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