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Cinco corpos de alpinistas são encontrados no Himalaia

A Força Aérea Indiana realizava buscas por oito alpinistas desaparecidos há uma semana; operações foram suspensas pelo mau tempo na região

Por Da Redação
3 jun 2019, 13h31
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    O número de vítimas anuais no Himalaia, onde o grupo desapareceu, é cinco vezes maior que no Everest, apesar do recorde de mortes nesta temporada - 31/05/2016 (Arquivo Pessoal/VEJA)

    A Força Aérea Indiana encontrou cinco corpos na Cordilheira do Himalaia, durante as buscas por oito alpinistas desaparecidos há uma semana na região.

    O juiz do distrito, Vijay Kumar Jogdande, disse que as vítimas foram encontradas nesta segunda-feira, 3, pouco antes da operação no norte do estado de Uttarakhand ser suspensa pelo mau tempo.

    Uma ação para localizar os outros três montanhistas será realizada na terça-feira, 4. As autoridades responsáveis estão em contato com o Exército da Índia para organizar o trabalho de recuperação dos corpos.

    A descoberta desta segunda veio à tona depois dos socorristas dizerem que as esperanças de encontrar os alpinistas com vida eram mínimas. No domingo 2, dois helicópteros da Força Aérea procuraram o grupo nos arredores de Nanda Devi, o segundo ponto mais alto do Himalaia, com 7.400 metros, o destino final dos aventureiros.

    A operação também foi suspensa por nevascas e pelo vento forte. Entre os desaparecidos estão quatro britânicos, dois americanos, um australiano e um indiano.

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    Poucos dias antes de sumir, em 22 de maio, os alpinistas estavam acampados em um ponto a 4.870 metros de altura e se preparavam para escalar um pico pouco explorado e ainda não identificado, segundo informações das postagens dos expedicionários no Facebook. Companheiros da equipe chamaram a polícia depois que eles demoraram para voltar à base.

    No dia 25 de maio, o líder da expedição, Mark Thomas, voltou ao campo com três companheiros. O resto do grupo continuou na tentativa de subir até um pico de 6.477 metros de altura.

    Quando eles não voltaram no prazo previsto, um dos membros da equipe enviou o alerta às autoridades, apenas madrugada de sexta-feira 31. Os quatro alpinistas no acampamento foram buscados por um helicóptero no sábado e identificados pela televisão indiana como Thomas, Ian Wade, Kate Armstrong e Zachary Quain.

    As buscas pelos desaparecidos revelaram sinais de uma avalanche na rota planejada pelo grupo, de acordo com duas autoridades do estado.

    Os alvos da operação, segundo a polícia local, são Martin Moran (o líder da expedição), John McLaren, Rupert Whewell e Richard Payne, todos do Reino Unido, Anthony Sudekum e Ronald Beimel, dos Estados Unidos, Ruth McCance da Austrália, e Chetan Pandey, um guia da Fundação Indiana de Montanhismo.

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    Medo de acidentes

    Única mulher do grupo, McCance é uma alpinista experiente. Em um blog pessoal, ela explicou que parou de praticar o esporte entre os 30 e os 47 anos pelo medo de acidentes. “Por mais que eu amasse isso e visse outros escalando com segurança, fui sufocada pelos riscos envolvidos, então parei.”

    “Eu parei de escalar quando tinha 30 anos porque tinha esgotado todas as minhas reservas emocionais e mentais. Eu não sabia na época, mas eu estava lutando com uma tempestade de crenças hereditárias, como ‘não abuse de sua sorte’ e ‘não confie em si mesmo'”, completou a australiana. “Cada vez que escalo com sucesso, em vez de confirmar minha competência, sinto que foi apenas outra fuga bem sucedida de um acidente inevitável.”

    Já Moran, o líder do grupo, foi parte do primeiro grupo a alcançar um pico de mais de 4.000 metros de altura sem assistência motorizada, em 1993. Sua família disse em comunicado que iria pedir a expansão da área de buscas.

    Na nota, divulgada pelo jornal The Guardian, os parentes do britânico exigiram a continuidade das operações até que a localização de todos os desaparecidos seja esclarecida. O número de vítimas na região do acidente é cinco vez mais alta que no Monte Everest, de acordo com dados oficiais.

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