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CIA diz que líder do Hamas sofre pressão interna para pôr fim à guerra

Bill Burns, diretor da agência, afirmou que comandantes do grupo terrorista pedem que Yahya Sinwar aceite acordo de cessar-fogo em Gaza

Por Da Redação
Atualizado em 16 jul 2024, 18h38 - Publicado em 16 jul 2024, 13h18
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  • A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) analisou que o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, está sendo pressionado por seus próprios comandantes militares para aceitar um acordo de cessar-fogo e pôr um fim à guerra contra Israel. As informações são da emissora americana CNN.

    O diretor da CIA, Bill Burns, afirmou em uma conferência confidencial neste sábado, 13, que Sinwar, principal mentor do ataque de 7 de outubro em Israel, está sob pressão interna para acabar com o sofrimento da população de Gaza, apesar de não estar “preocupado com as mortes”, de acordo com um participante do evento que falou com a CNN em condição de anonimato. 

    Em sua fala no retiro anual de verão da Allen & Company em Sun Valley, Idaho, também conhecido como “acampamento de verão para bilionários”, Burns afirmou que tanto o governo israelense quanto o Hamas deveriam chegar a um acordo de cessar-fogo.

    As autoridades de inteligência americanas acreditam que Sinwar é o responsável por tomar as decisões sobre um acordo de cessar-fogo e pode estar escondido nos túneis de Khan Younis, cidade onde nasceu.

    Burns, que está à frente das negociações por um cessar-fogo em Gaza como representante do governo do presidente americano, Joe Biden, disse que há uma “frágil possibilidade diante de nós” e que as chances de uma trégua estão aumentando, apesar de o estágio final ser difícil. 

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    Negociações de cessar-fogo

    No sábado, a última rodada de negociações de cessar-fogo em Gaza foi interrompida após três dias de conversas intensas sem chegar a um consenso, afirmaram duas fontes de segurança egípcias à Reuters.

    As negociações também estão atrasadas pela dificuldade de contato com Sinwar, que tenta se proteger de um ataque israelense. No sábado, o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, e o chefe da brigada de Khan Younis, Rafe Salama, foram alvos de um ataque aéreo israelense que matou ao menos 90 palestinos, de acordo com as autoridades de saúde locais. Não foi confirmado, porém, se os dois estão entre as vítimas.

    Na semana passada, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que não mudaria “um milímetro” da estrutura de cessar-fogo permanente proposta por Biden após acusar o Hamas de impedir que as negociações avancem ao fazer exigências “que colocam Israel em perigo”.

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    O Hamas, por sua vez, já havia afirmado ao seu aliado libanês Hezbollah que concorda com a proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas que “Israel não deu uma posição clara sobre a proposta”.

    As autoridades americanas acreditam que Sinwar não quer mais governar Gaza e tanto Israel quanto o Hamas assinaram um plano de “governança provisória” que começaria na segunda fase de um cessar-fogo. Segundo esse termo, nenhum deles controlaria Gaza, disse uma autoridade dos Estados Unidos à CNN.

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