A China quebrou recordes históricos de altas temperaturas em 127 estações meteorológicas durante o ano de 2023 devido às ondas de calor extremo que varreram o país de norte a sul, de acordo com as informações divulgadas pela TV estatal CCTV nesta terça-feira, 2.
Em 2023, a média nacional atingiu a marca de 10,7 graus Celsius, a mais alta desde 1961. O número é 0,8 grau Celsius acima da leitura padrão de 9,9 graus Celsius, um sinal dos novos tempos, que contam com o protagonismo das mudanças climáticas nos quatro cantos do globo.
Os chineses enfrentaram um período de calor recorde e condições climáticas extremas, alguns indicadores de uma estação meteorológica na região noroeste de Xinjiang apontaram em 16 de julho para uma máxima de 52,2 graus Celsius, algo nunca antes registrado.
A maior parte do território estava entre 0,5 e 1 grau Celsius mais quente. Cerca de 13 províncias, cidades ou regiões viveram um ano atípico, com o termômetro mais quente que o usual. Em Pequim, capital do país, um recorde de 23 anos foi derrubado em julho, depois de 27 dias consecutivos de temperaturas acima de 35 graus Celsius.
+ Em meio a ameaças, China pede que Taiwan promova ‘reunificação pacífica’
O fenômeno do calor acentuado trouxe ainda chuvas torrenciais e vários tufões para diversas localidade, que ficaram inundadas. Ao todo, 55 estações meteorológicas nacionais registaram precipitação diária superior ao extremo histórico, segundo a CCTV.
Não foi só a China que sofreu com as altas temperaturas. A temperatura média global atingiu 17,01 graus Celsius, superando o recorde de agosto de 2016 de 16,92 Celsius. O continente europeu como um todo, o norte da África e partes do sul dos Estados Unidos e do sudoeste asiático também foram duramente afetadas.
O dia 3 de julho ficou marcado como o dia mais quente já registrado globalmente, apontaram os Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos EUA.