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China tem dúvidas sobre capacidade de invadir Taiwan, diz diretor da CIA

Apesar disso, William Burns ressaltou que EUA devem levar a sério desejo de Pequim de controlar ilha

Por Da Redação 27 fev 2023, 16h11
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  • WASHINGTON, DC - FEBRUARY 02: CIA Director William Burns speaks on "Addressing the Global Threat Landscape," during an event as part of the Trainor Award ceremony at Georgetown Hotel and Conference Center on February 2, 2023 in Washington, DC. Burns was presented at the event with the J. Raymond “Jit” Trainor Award in recognition of being "an outstanding practitioner for distinction in the conduct of diplomacy." (Photo by Alex Wong/Getty Images)
    O diretor da CIA, William Burns, em cerimônia do Prêmio Trainor no Georgetown Hotel and Conference Center. 02/02/2023 - (Alex Wong/Getty Images)

    Análises da inteligência dos Estados Unidos apontam que o presidente da China, Xi Jinping, instruiu os militares de seu país a “estarem prontos até 2027” para invadir Taiwan. Ainda assim, William Burns, diretor da CIA, a agência de inteligência americana, afirma que Xi tem dúvidas se realmente tem capacidade de dominar a ilha.

    Em uma entrevista à TV americana no último domingo, 26, Burns afirmou que os EUA devem levar muito a sério o desejo chinês de controlar Taiwan. Mesmo assim, comentou que o conflito na região não é inevitável.

    “Sabemos, como foi tornado público, que o presidente Xi instruiu a liderança militar chinesa a estar pronta em 2027 para invadir Taiwan, mas isso não significa que ele decidiu invadir em 2027 ou em qualquer outro ano”, disse Burns. “Acho que pelo menos nosso julgamento é que o presidente Xi e sua liderança militar têm dúvidas hoje sobre se eles poderiam realizar essa invasão.”

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    Grande parte dessa dúvida se daria pela situação de Vladimir Putin na guerra na Ucrânia, segundo o diretor, já que o apoio que os EUA e os demais países ocidentais pode estar agindo como um impedimento para Xi até o momento. Porém, segundo Burns, o risco de um ataque chinês a Taiwan vai apenas aumentar.

    “Acho que, ao analisarem a experiência de Putin na Ucrânia, isso provavelmente reforçou algumas dessas dúvidas”, acrescentou o diretor da CIA. “Então, tudo o que eu diria é que acho que os riscos de um uso potencial da força provavelmente aumentam nesta década e além dela, na década seguinte também. Então é claramente algo que observamos com muito, muito cuidado”.

    Em outubro passado, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que o governo da China está seguindo seus planos de anexar Taiwan em um “cronograma muito mais rápido” sob o comando de Xi Jinping. Em suposta resposta a uma visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taipei, o exército chinês realizou grandes exercícios militares ao redor da ilha principal de Taiwan em agosto e, desde então, aumentou significativamente as travessias militares sobre a linha mediana.

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    Embora Pequim tenha deixado claro que pretende tomar Taiwan, o cronograma para esse cenário varia muito. Figuras militares de alto escalão dos Estados Unidos e de Taiwan alertaram que isso pode ocorrer dentro de alguns anos, enquanto analistas apontam para o objetivo de Xi de rejuvenescimento nacional até 2049 – o centenário da República Popular da China – como um prazo potencial.

    Localizada a menos de 177 quilômetros da costa da China, a ilha é o lar de 23 milhões de pessoas. Apesar de ser governada separadamente de Pequim mais de 70 anos, o Partido Comunista da China reivindica o poder sobre a ilha.

    No vigésimo congresso do Partido Comunista, em outubro, o líder chinês, Xi Jinping, condenou o crescente apoio dos Estados Unidos a Taiwan, culpando a “interferência estrangeira” por exacerbar as tensões. Um mês depois, afirmou que o país vive um momento de “instabilidade e incerteza” e pediu que o Exército  se prepare para a guerra.

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