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China sanciona organizações dos EUA que receberam líder de Taiwan

Duas instituições americanas e seu líderes foram proibidos de cooperar ou fazer transações com grupos ou indivíduos chineses

Por Da Redação
Atualizado em 7 abr 2023, 10h53 - Publicado em 7 abr 2023, 10h52
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  • Depois da recente viagem da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, aos Estados Unidos, a China impôs sanções a duas organizações americanas que receberam a líder enquanto ela estava em solo americano.

    O Ministério das Relações Exteriores chinês anunciou nesta sexta-feira, 7, que o think tank Instituto Hudson, com sede em Washington, e a Biblioteca Presidencial Ronald Reagan, na Califórnia, seriam banidos de cooperar, trocar ou transacionar com instituições e indivíduos na China.

    Além disso, os principais líderes das organizações também vão ser impedidos de visitar a China e teriam seus ativos no país congelados, informou o comunicado divulgado pelo ministério. Até o momento, não está claro se a organização ou seus líderes tem ativos ou cooperação em território chinês que seriam afetados.

    “O Instituto Hudson e a Biblioteca Reagan forneceram uma plataforma e facilitaram as atividades separatistas de Tsai, o que prejudica seriamente a soberania e a integridade territorial da China”, comunicou o ministério.

    A Biblioteca Presidencial Ronald Reagan foi alvo de sanções por ceder espaço para a reunião entre Tsai e o presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, na quarta-feira 5. A viagem sem precedentes marcou a primeira vez em que um presidente Taiwan se encontrou com uma autoridade dos Estados Unidos em solo americano.

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    + Presidente da Câmara dos EUA se reúne com líder de Taiwan

    Na semana passada, o Instituto Hudson entregou um Prêmio de Liderança Global a Tsai em Nova York. Ambas as visitas ocorreram durante escalas da turnê internacional de 10 dias da presidente de Taiwan, que incluiu visitas oficiais à América Central.

    Em resposta ao encontro de Tsai com McCarthy, a China disse repetidamente que tomaria “medidas resolutas e fortes”. Embora o governo chinês nunca tenha controlado a ilha, o Partido Comunista da China reivindica seu território, que tem um governo democrático autônomo, e prometeu tomar Taiwan à força, se necessário.

    Pequim também impôs sanções a duas organizações taiwanesas, a Fundação Prospect e o Conselho de Progressistas e Democratas Asiáticos, informou o Escritório de Assuntos de Taiwan.

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    Segundo a mídia estatal chinesa, o representante de Taiwan nos Estados Unidos, Hsiao Bi-khim, também sancionado nesta sexta-feira. Esta não é a primeira vez que Hsiao sofre intimidações de Pequim: em agosto do ano passado, após uma visita da então presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi, à ilha, foi repreendido de forma semelhante.

    “Uau, a [República Popular da China] acabou de me sancionar novamente, pela segunda vez”, zombou Hsiao no Twitter.

    + China condena reunião entre líder da Câmara dos EUA e presidente de Taiwan

    O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan disse que a decisão da foi “irracional e absurda”. Em comunicado, a pasta afirmou que era “direito fundamental” da ilha conduzir atividades diplomáticas no exterior e a “coerção e repressão” de Pequim aumentaria a sua “insistência na liberdade e na democracia”.

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    Apesar das sanções impostas, Pequim foi relativamente silenciosa em relação ao encontro de Tsai com McCarthy, se comparado com a visita de Pelosi a Taipei. Na época, Pequim realizou extensos exercícios militares ao redor da ilha e suspendeu várias linhas de comunicação com Washington, mas desta vez não houve praticamente nenhuma resposta militar clara.

    O governo americano mantém um relacionamento não oficial com Taiwan, e a visita de Tsai ao país não foi oficial, a fim de manter Washington alinhada à política de “Uma China”. Tsai deve retornar à ilha nesta sexta-feira.

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