Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

China limita abortos para tentar impulsionar taxa de natalidade

Anúncio acontece semanas depois de Comissão Nacional de Saúde anunciar que população irá começar a diminuir em 2025

Por Vitória Barreto 16 ago 2022, 19h09
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou nesta terça-feira, 16, que limitará os abortos no país e tomará medidas para que tratamentos de fertilidade sejam mais acessíveis para a população. A decisão faz parte dos esforços do país para contornar as baixas taxas de natalidade, à medida que a população do país começará a diminuir em 2025, segundo estimativas oficiais. 

    O órgão nacional afirmou que realizará uma campanha de saúde reprodutiva para aumentar a conscientização pública e “prevenir a gravidez indesejada e reduzir os abortos que não são medicamente necessários”. Além disso, segundo as diretrizes publicadas no site da comissão, medidas de apoio à educação e habitação serão melhoradas e implementadas. Os governos locais também serão incentivados a aumentar serviços de cuidado infantil e oferecer locais de trabalho acessíveis às famílias.

    +Na China, a ordem agora é ter filhos

    As medidas para incentivar a reprodução da população começaram a ser aplicadas devido às revelações de censos recentes. Em 2020, apenas 12 milhões de bebês nasceram, um recuo de 15% em comparação com o ano anterior – a quarta queda consecutiva e fator decisivo para a taxa de crescimento populacional se situar em mero 0.5% ao ano, a mais baixa já registrada. 

    O desenvolvimento da população está sofrendo uma mudança profunda, onde uma sociedade envelhecida e com menos filhos se tornará o novo normal. A primeira ordem para prevenir a queda populacional aconteceu em 31 de maio, em 2021, quando o Partido Comunista anunciou que iria flexibilizar novamente a política de controle de natalidade e permitir que cada casal tenha até três filhos, além de expandir a rede de creches e garantir o emprego das mães.

    Continua após a publicidade

    A medida enterrou de vez a política do filho único que vigorou por quase quatro décadas e que já havia sido reformada há cinco anos, quando a cota familiar passou para dois herdeiros. 

    A pandemia tem parcela da responsabilidade, mas a pouca disposição dos chineses em construir grandes famílias vem antes dela. O custo de vida na China sobe exponencialmente: educação e moradia estão cada vez mais caras, e com jornadas de trabalho exaustivas os jovens chineses adiam a chegada de filhos, ou decidem por não tê-los. Além disso, de acordo com a comissão, as preocupações das mulheres com suas carreiras são um dos principais motivos para a queda da população.

    +Crise imobiliária na China: boicote a hipotecas ultrapassa US$145 bilhões

    Nos últimos anos, a taxa de fecundidade total caiu para menos de 1,3 e durante os anos de 2021 a 2025 ela entrará em um estágio de crescimento negativo. Espera-se que a China entre na fase de envelhecimento populacional grave por volta de 2035 – aqueles com 60 anos ou mais passarão a representar mais de 30% da população total. Além disso, de acordo com relatório divulgado pelas Nações Unidas, em 2050,  a China irá perder o primeiro lugar da lista para Índia, que se tornará o país mais populoso do mundo. 

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.