Dois caças chineses interceptaram um avião militar dos Estados Unidos no Mar do Sul da China, informaram nesta sexta-feira as Forças Armadas americanas, que descreveram o encontro como “não profissional”.
As aeronaves, do modelo Sukhoi-30, se aproximaram de um avião de vigilância WC-135 da Força Aérea dos Estados Unidos, em território internacional, nesta semana. Os dois países mantém conversas em privado para tratar do assunto e uma investigação militar americana é conduzida.
O ministério de Relações Exteriores da China divulgou nota em que confirma as atividades “próximo do território chinês, o que pode ter levado a algum erro de cálculo entre as partes”. “A reação foi considerada não profissional dadas as manobras do piloto da China e a velocidade de aproximação dos caças”, afirmou a coronel Lori Hodge, porta-voz da Força Aérea dos Estados Unidos.
A região do Mar do Sul da China é foco de conflitos internacionais, já que além de ter soberania reivindicada pelos chineses é disputada por Brunei, Malásia, Filipinas e Vietnã. A China, por sua vez, acusa os Estados Unidos de conspirarem contra o seu comando na região.
O WC-135 é usado para identificar radiação nuclear em tempo real, de acordo com documentos militares, ao capturar partículas no ar. No passado, a aeronave já foi usada para investigar evidências de testes nucleares norte-coreanos.
Tanto Pequim quanto Washington estão alertas para a possibilidade de novos treinamentos da Coreia do Norte, após uma série de testes balísticos este ano. Em janeiro, o ditador Kim Jong-un indicou que pretende desenvolver um míssil capaz de levar uma ogiva até os Estados Unidos.
(Com Estadão Conteúdo)