O embaixador na China nos Eastados Unidos, Qin Gang, afirmou que seu país “fará tudo” para tentar diminuir a tensão e o conflito militar entre Rússia e Ucrânia, e que o relacionamento da China com a Rússia “não faz parte do problema” que levou a guerra.
“Há desinformação sobre a China fornecer assistência militar à Rússia”, disse Qin em entrevista a rede de TV americana CBS. Segundo ele, a China não está enviando “armas e munições para nenhum partido”. “Faremos de tudo para diminuir a crise”, afirmou.
Segundo o embaixador, embora a China tenha “muitos interesses comuns” com a Rússia, isso “não é um passivo”, disse Qin. “A China é parte da solução, não é parte do problema.” Ele citou o telefonema de Xi com Putin logo após a invasão russa em fevereiro, durante o qual a China disse que seu líder instou Putin a negociar com a Ucrânia.
As declarações de Qin vão na linha do recado que Biden mandou ao presidente chinês Xi Jinping. Em conversa na última sexta-feira, Biden disse a seu colega que haveria “implicações e consequências” caso a China apoie a invasão da Ucrânia pela Rússia. Após um primeiro momento de se abster sobre a questão da guerra, a China vem se movimentando para tentar equilibrar as relações entre os Russos e os Estados Unidos, enquanto Biden intensifica a pressão sobre Putin.
Questionado se a China condenaria a invasão russa, Qin foi enfático. “A condenação não resolve o problema. Eu ficaria surpreso se a Rússia recuasse com a condenação.” Em vez disso, ele afirma que a China continuará a exigir negociações de paz, disse ele.