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China determina sanções a 11 americanos em medida de represália

Decisão foi anunciada no mesmo dia em que a presidente de Taiwan recebeu o secretário de Saúde dos Estados Unidos em uma visita histórica à ilha

Por Da Redação
Atualizado em 10 ago 2020, 09h30 - Publicado em 10 ago 2020, 09h13
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  • Pequim anunciou nesta segunda-feira, 10, sanções contra 11 autoridades americanas, incluindo os senadores Marco Rubio e Ted Cruz, em represália por medidas similares aplicadas por Washington contra funcionários do governo chinês acusados de prejudicar a autonomia de Hong Kong.

    “A China decidiu impor sanções a certas pessoas que se comportaram mal em determinadas questões vinculadas a Hong Kong”, afirmou à imprensa o porta-voz da diplomacia chinesa, Zhao Lijian.

    O diretor da ONG de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), Kenneth Roth, está entre os alvos das sanções. Zhao não explicou a natureza das sanções.

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    Na decisão mais dura a respeito de Hong Kong desde que Pequim promulgou uma rígida lei de segurança neste território, Washington anunciou na sexta-feira 7 o congelamento de todos os ativos americanos da chefe do Executivo do território semiautônomo, Carrie Lam, assim como de outros 10 altos funcionários.

    Os Estados Unidos acusam a China de “impor uma legislação de segurança nacional draconiana” permitindo que as forças de segurança de Pequim operem em Hong Kong sem impunidade e instaurando a censura contra opositores. Pequim reagiu de maneira enérgica no sábado e chamou as sanções de “bárbaras e grosseiras”.

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    A troca de sanções é o mais novo capítulo da disputa entre China e Estados Unidos e ocorre ao mesmo tempo em que o presidente americano, Donald Trump, avança contra empresas chinesas com negócios em seu país. Na sexta, Trump anunciou que as redes sociais chinesas WeChat e TikTok terão suas transações bloqueadas no país dentro de 45 dias.

    Visita histórica

    A decisão também foi anunciada no mesmo dia em que a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, recebeu o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar em uma visita histórica à ilha, criticada pela China.

    Azar chegou no domingo para uma visita de três dias. Ele é o funcionário do governo americano de maior hierarquia a visitar Taiwan desde 1979, quando Washington rompeu as relações diplomáticas com Taipé para reconhecer o governo comunista estabelecido em Pequim como único representante da China.

    O governo dos Estados Unidos, no entanto, continua sendo o aliado mais poderosos da ilha e seu principal fornecedor de armas. “A reação de Taiwan à Covid-19 está entre as mais eficazes do mundo e isto reflete a natureza aberta, transparente, democrática da sociedade e da cultura de Taiwan”, declarou Azar à presidenta taiwanesa durante o encontro.

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    A visita, sem precedentes em mais de 40 anos, provocou um grande mal-estar na China, em um momento de grande tensão entre Washington e Pequim, que divergem em vários temas.

    Tsai agradeceu o apoio dos Estados Unidos a seus esforços para que Taiwan seja admitido como observador na Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar da China ter conseguido excluir Taiwan da agência das Nações Unidas.

    Taiwan não é reconhecido como um Estado independente pela ONU e Pequim ameaça recorrer à força no caso de uma declaração de independência de Taipé ou de uma intervenção estrangeira, especialmente da parte de Washington.

    Pouco depois da reunião, o ministério taiwanês da Defesa afirmou que caças chineses fizeram uma breve incursão além da linha média do Estreito de Taiwan, que Taipé e Pequim consideram sua “fronteira”. Há alguns dias, o governo chinês afirmou que a visita de Azar era uma ameaça para a “paz e a estabilidade”.

    (Com AFP)

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