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China condena plano da Otan para abrir escritório no Japão

Premiê japonês disse que país não pretende entrar na aliança militar, mas sede local serve aos interesses da segurança nacional

Por Da Redação
24 Maio 2023, 15h54
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  • A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse nesta quarta-feira, 24, que a região da Ásia-Pacífico não vê com bons olhos o plano da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de abrir um escritório no Japão.

    “Queremos dizer que a Ásia-Pacífico não dá boas-vindas ao confronto de grupo, não dá boas-vindas ao confronto militar”, disse Mao.

    A China acrescentou que o Japão deveria ser “extremamente cauteloso na questão da segurança militar”, devido ao seu “histórico de agressão”.

    + Japão negocia abertura de escritório da Otan no país, diz chanceler

    O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o país não tem planos de se tornar um membro da aliança militar liderada pelos Estados Unidos, apesar dos planos para um escritório em Tóquio. A unidade teria objetivo de facilitar as consultas na região e seria o primeiro situado na Ásia.

    O ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, revelou no início deste mês que estava em negociações para a abertura do escritório da aliança. O chanceler citou a invasão russa na Ucrânia como uma das razões para o interesse em manter a Otan mais perto.

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    Segundo ele, a situação no leste europeu forçou as autoridades japonesas a repensar a segurança regional. Além disso, Tóquio também enfrenta um aumento nas tensões com a Coreia do Norte, de um lado, e a expansão da influência chinesa, do outro. Em resposta, o país também anunciou os maiores planos de reforço militar desde a Segunda Guerra Mundial.

    + Com população encolhendo, Japão tem corrida por imigrantes

    A Otan já tem escritórios semelhantes em outros lugares, como a Ucrânia e Viena. Porém, a presença no Japão facilitaria acesso mais aprofundado aos parceiros regionais da organização, como Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia.

    A China já havia alertado sobre uma possível expansão da Otan na Ásia. Autoridades chinesas também acreditam que a abertura do escritório da organização vai minar a paz e a estabilidade da região. Segundo Pequim, a alta vigilância é necessária enquanto a aliança militar liderada pelos americanos continua sua “expansão para o leste”. 

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