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Cerco à Universidade Politécnica de Hong Kong chega ao fim

Polícia realiza vistoria no campus após dias de confrontos e mais de 1.000 presos

Por Da Redação
Atualizado em 27 nov 2019, 13h16 - Publicado em 27 nov 2019, 12h23
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  • Agentes de saúde deixam a Universidade Politécnica de Hong Kong - 27/11/2019  (Leah Millis/Reuters)

    Após dias de confronto com manifestantes, a polícia de Hong Kong realizou nesta quarta-feira, 27, uma vistoria na Universidade Politécnica de Hong Kong para retirar os últimos ativistas ainda entrincheirados no campus e liberar o local para limpeza. A polícia ainda protegia o perímetro enquanto pequenos grupos de policiais vasculhavam pelo segundo dia o labirinto de edifícios do campus, que nas últimas semanas foi palco de protestos e episódios de violência entre manifestantes. Os agentes encontraram apenas uma mulher, de pouco mais de 18 anos, e a liberaram logo em seguida.

    “Esperamos poder reabrir a escola em breve para iniciar nossa obra de reforma e reduzir o impacto sobre nossos estudantes e nossos projetos de pesquisa”, disse a vice-presidente-executiva da Universidade Politécnica, Doutora Miranda Lou.

    A universidade situada na península de Kowloon foi transformada em um campo de batalha em meados de novembro, quando manifestantes se entrincheiraram do lado de dentro e se chocaram com o batalhão de choque em meio a uma chuva de coquetéis molotov, canhões de água e gás lacrimogêneo. Cerca de 1.100 pessoas foram presas na semana passada, algumas enquanto tentavam fugir. Nesta quarta-feira, a universidade pediu que o governo ajude a remover “materiais perigosos” do local, que está repleto de detritos, exortando as autoridades a adotarem uma postura “humanista”.

    Os protestos se iniciaram em junho deste ano contra uma proposta de lei de extradição que, supostamente, possibilitaria à China continental perseguir dissidentes políticos. Apesar do parlamento de Hong Kong ter enterrado a proposta em outubro, a indignação nas ruas persiste.

    Manifestantes contrários à influência chinesa continuam saindo às ruas para pedir a renúncia da chefe do Executivo, Carrie Lam, que é vista como uma marionete de Pequim. Também pedem maior autonomia na escolha de líderes regionais e anistia para os ativistas condenados por violência durante os protestos dos últimos meses.

    A força dos protestos era questionada pela China continental. Nas eleições distritais que ocorreram no último domingo 24, Pequim apostava em uma “maioria silenciosa” que votaria em massa nos candidatos pró-China. O tiro saiu pela culatra. Em votação com participação recorde da população, os partidos que defendem maior autonomia do território ficaram com 388 dos 452 cargos disputados.

    A eleição dos conselheiros distritais obedece a um sistema de votação que, em Hong Kong, é o mais próximo da representação direta. A votação não é apenas simbólica, já que seis cadeiras do Conselho Legislativo (LegCo, o parlamento de Hong Kong), que será renovado no próximo ano, serão disputadas por candidatos dos conselhos distritais. E esses conselhos também enviarão 117 de seus membros para o colégio eleitoral de 1.200 pessoas, controlado por Pequim, responsável pela nomeação do chefe do Executivo.

    (Com Reuters e AFP)

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