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Centenas de venezuelanos protestam contra manipulação eleitoral

A oposição a Maduro pretende boicotar a votação deste domingo; único concorrente do chavista não terá apoio dos demais partidos de oposição

Por Da Redação
Atualizado em 16 Maio 2018, 18h33 - Publicado em 16 Maio 2018, 17h47
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  • Centenas de opositores na Venezuela interromperam o tráfego nas ruas de Caracas nesta quarta-feira (16) para protestar contra a eleição presidencial do próximo domingo. Eles alegam que o pleito será manipulado. A marcha seguiu rumo à sede da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Caracas.

    Como a maior parte da oposição boicotará a votação de domingo e dois de seus líderes mais populares estão proibidos de concorrer, o atual presidente, Nicolás Maduro, deverá se reeleger para mais um mandato, apesar da crise econômica e política avassaladora que se instaurou no país sob seu governo.

    O único candidato a concorrer com Maduro será Henry Falcón, do partido Avanço Progressista. Falcón, porém, não receberá o apoio das demais legendas de oposição, reunidas na Mesa da Unidade Democrática (MUD), que se decidiu pelo boicote da eleição.

    A marcha desta quarta-feira, muito aquém das organizadas no ano passado, foi liderada por um grupo opositor recém-criado chamado Frente Ampla, que defende a abstenção dos eleitores.

    “Não votarei porque está tudo manipulado de antemão”, disse Nancy Forrero, engenheira de 54 anos de uma petroleira privada. “Isto é uma ditadura”, acrescentou ela, cujo filho se mudou para Buenos Aires, na Argentina.

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    Dezenas de milhares de venezuelanos trocaram sua pátria por outras da América do Sul. Trata-se de um êxodo crescente de imigrantes em fuga da inflação alta, da escassez de alimentos e da falta de empregos e oportunidades. A Colômbia e o Equador são os principais destinos dos refugiados venezuelanos.

    No Brasil, de acordo com o Ministério da Defesa, são mais de 2.000 venezuelanos realocados em abrigos permanentes só em Boa Vista, capital da Roraima. Quatro deles já estão lotados. Por causa disso, parte dos imigrantes está sendo transferida para outras regiões do país, incluindo São Paulo, Manaus e Cuiabá.

    Bradando slogans anti-Maduro e acenando com bandeiras dos partidos de oposição militantes Primeiro Justiça e Vontade Popular, os manifestantes desta quarta-feira planejavam deixar uma carta no escritório da OEA.

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    “Queremos eleições livres, transparentes, verdadeiras, não o que acontecerá no domingo, uma farsa”, disse o economista Ivan Lopez, de 65 anos.

    (Com Reuters)

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