O Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelou nesta terça-feira, 11, que 109 soldados americanos foram diagnosticados com concussão devido ao ataque a mísseis do Irã a duas bases americanas no Iraque no início de janeiro. O número de feridos é pelo menos 170% superior ao indicado pelas autoridades americanas há duas semanas.
De acordo com o último relatório do Pentágono sobre a situação dos soldados, apenas 64 haviam sido diagnosticados com sintomas da lesão cerebral pelo ataque iraniano de 8 de janeiro, uma contra-ofensiva pela operação dos Estados Unidos que matou o general iraniano Qasem Soleimani cinco dias antes.
O Pentágono já havia explicado em janeiro que o crescimento no número de casos de concussão reportados se dá pelo fato de os pacientes envolvidos em incidentes “moderados” levarem mais tempo para desenvolver os sintomas da lesão. Cerca de 70% dos soldados feridos já retornaram ao serviço.
O presidente americano, Donald Trump, afirmara em discurso de resposta à ofensiva iraniana que nenhum americano havia sido ferido pelo ataque e menosprezara a gravidade dos casos de concussão.
“Eu ouvi que eles [os soldados feridos] estão com dores de cabeça, e algumas outras coisas. Mas eu diria e posso afirmar que [a situação] não é muito séria”, disse Trump em janeiro. Perguntado especificamente sobre concussões, o presidente americano afirmou que não as considerava “muito sérias, comparando a outras lesões” que ele “já viu”.