O califado do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) foi “100%” eliminado da Síria, após os combates em Al Baguz, seu último reduto, informou nesta sexta-feira, 22, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders. Essa conclusão foi transmitida pelo secretário de Defesa, Patrick Shanahan, ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante seu voo para Palm Beach, na Flórida.
“O califado foi eliminado da Síria”, afirmou Sanders.
Segundo o jornal americano The Hill, Sanders mostrou aos repórteres a bordo do avião presidencial um mapa da Síria que mostrava as perdas territoriais do Estado Islâmico. “Vocês podem ficar com o mapa. Parabéns. Divulguem-no”, afirmou Trump já em seu resort em Mar-a-Lago. “Aqui estava o Estado Islâmico, e isso é o que ele tem agora”, completou, apontado para uma área na qual não há indicação da presença das tropas do califado.
Enquanto dava essas declarações de vitória, os relatórios do front desta sexta-feira indicavam a continuidade dos combates, segundo o jornal The Washington Post. Os extremistas se concentravam em um banco de areia no rio Eufrates, em uma posição defensiva desesperada.
“Fortes combates continuam ao redor do monte Baghuz agora para acabar de vez com o que resta do Estado Islâmico”, informou o porta-voz das Forças da Síria Democrática (FSD), Mustafa Bali, pelo Twitter.
Trump não chegou a falar no fim da guerra civil que devasta a Síria desde 2011 nem nos desdobramentos da conquista desta sexta-feira para o poder político de Bashar Assad, presidente do país. No último dia 3, o americano havia declarado que, entre aquele dia e o seguinte, “nós teremos 100% do califado na Síria”. Na última quarta-feira, ele declarou que a vitória se daria naquela noite. “Muito bom. Isso é muito bom, certo?”
As Forças da Síria Democrática, uma aliança de milícias integrada majoritariamente por curdos e com apoio dos Estados Unidos, lançaram no último dia 10, um forte ataque contra Baghuz, o último reduto do grupo jihadista na Síria. Centenas de civis, muitos deles militantes disfarçados e seus familiares, foram retirados do local e enviados para campos de refugiados.
(Com EFE)