Um carro atropelou nesta quarta-feira um grupo de soldados no subúrbio de Levallois-Perret, perto de Paris, segundo informou a polícia francesa no Twitter. Seis dos soldados ficaram feridos, dois deles com gravidade, de acordo com relatos da imprensa local.Os soldados fazem parte de uma força antiterrorista deslocada para locais da França que estariam mais sujeitas a ataques, como prédios religiosos ou pontos turísticos. A polícia francesa está em busca do veículo, que fugiu após o atropelamento.
O prefeito de Levallois-Perret, Patrick Balkany, disse que o carro, uma BMW, estava estacionado em um beco antes de avançar em direção aos soldados. O ataque ocorreu enquanto os militares deixavam seu quartel para assumir postos de patrulha. Para a emissora BFM TV, Balkany disse que o que ele chamou de um ato “nojento” de agressão foi “sem nenhuma dúvida” premeditado. “Tudo aconteceu muito rapidamente. O veículo não parou. Ele se chocou com eles… ele acelerou rapidamente”.
Macron
A polícia informou que dois dos seis soldados ficaram gravemente feridos. Os soldados foram levados para hospitais. O presidente Emmanuel Macron está acompanhando a situação do Palácio do Eliseu, onde acontece o Conselho de Ministros semanal. Não está descartada uma visita ao hospital onde estão internados os militares feridos. Dois deles, cujo estado de saúde é mais delicado, estão no centro militar de Percy, na localidade vizinha de Clamart.
Caçada
A polícia da França iniciou uma enorme operação para encontrar o veículo – um BMW de cor preta com um único ocupante em seu interior, segundo os primeiros elementos da investigação. A busca tem como base as imagens captadas por numerosas câmeras de vigilância presentes na localidade de Levallois Perret, um município a oeste de Paris.
A seção antiterrorista da Procuradoria de Paris abriu uma investigação após o atropelamento. Autoridades trabalham com a hipótese de “tentativa de assassinato relacionada com uma organização terrorista de pessoas que detêm autoridade pública e conspiração para fins terroristas”.
Se for confirmado o caráter voluntário da ação, este seria o quinto ataque contra o chamado dispositivo “Sentinelle”, composto por cerca de 10 mil militares espalhados por todo o país para garantir a segurança contra ações terroristas após os atentados de 2015.
(com Agências Reuters e EFE)