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Carlos Mesa anuncia nova candidatura para eleições na Bolívia

Ex-presidente concorreu contra Evo Morales no pleito de outubro, que foi anulado após alegações de fraude por parte da oposição

Por Da Redação
3 dez 2019, 09h36
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  • O ex-presidente da Bolívia, Carlos Mesa, anunciou nesta terça-feira, 3, sua candidatura para as eleições presidenciais em seu país após a renúncia de Evo Morales, e disse esperar ser recompensado pela “fraude” que o prejudicou no pleito de outubro.

    “Sim, sim, serei candidato nas próximas eleições”, disse Mesa, em um breve comunicado à imprensa durante a Cúpula do Clima (COP25), em Madri.

    “Espero ter um resultado que me recupere do roubo de que fui vítima” nas eleições de 20 de outubro, acrescentou o líder da aliança Comunidade Cidadã.

    Mesa insistiu na “fraude” da qual ele disse ter sido vítima de Morales: “Ele nos roubou o segundo turno”.

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    A apuração dos votos apontou para um segundo turno entre Morales e Mesa. Mas a transmissão de dados parou na noite do próprio dia 20 de outubro e, na retomada da contagem na manhã seguinte, houve uma súbita mudança de panorama, dando a vitória ao então presidente ainda no primeiro turno.

    Em meio a alegações de fraude por parte da oposição, uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) auditou a apuração e recomendou a Morales que anulasse as eleições. O ex-presidente acolheu o pedido, mas pouco após da declaração de nulidade do pleito, as Forças Armadas vieram a público e pediram para que ele renunciasse.

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    Naquele ponto, Morales, que estava sob pressão da oposição e em meio a motins em quartéis da polícia do país, resolveu renunciar acusando os adversários políticos de “fascistas e racistas” e classificando a situação como um golpe de Estado. O ex-presidente se refugiu no México onde recebeu asilo político.

    Mesa, que presidiu o país entre 2003 e 2005, disse esperar que as próximas eleições sejam realizadas “provavelmente em março ou abril do próximo ano”.

    Questionado sobre possíveis violações de direitos humanos pelas Forças Armadas e segurança em protestos nas últimas semanas, ele considerou se tratar de “uma questão muito complexa”.

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    (Com EFE)

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