A Câmara de Representantes (Deputados) dos Estados Unidos aprovou, nesta segunda-feira 25, um projeto de lei para “diminuir a ameaça russo-venezuelana” e outros dois para limitar o acesso do governo de Nicolás Maduro a armas não letais e para aumentar a “ajuda humanitária” à Venezuela.
Os três projetos foram promovidos por congressistas democratas do estado da Flórida e todos foram aprovados por unanimidade.
O projeto sobre a chamada “ameaça russo-venezuelana” pede ao Departamento de Estado para estudar e apresentar ao Congresso uma medida para limitar a influência militar do Kremlin na Venezuela.
A votação coincidiu com a chegada este fim de semana a Caracas de dois aviões militares russos. Segundo a imprensa local, a bordo das aeronaves viajavam cerca de cem militares e toneladas de equipamento não identificado.
O projeto foi apresentado pela deputada Debbie Wasserman Schultz – lider do Partido Democrata entre 2011 e 2016 e que renunciou atingida por um escândalo ao tentar prejudicar Bernie Sanders durante as primárias à Casa Branca -, que discutiu no Twitter sobre a chegada de militares russos à Venezuela.
Outro dos projetos de lei aprovados na Câmara proíbe a venda ao Governo da Venezuela de gás lacrimogêneo, balas de borracha ou outro material antidistúrbios.
O projeto amplia a proibição à venda de armas que está em vigor nos EUA sobre a Venezuela desde 2006.
“Com a aprovação da Lei de Restrição de Armamento à Venezuela, estamos mais um passo perto de nos assegurar de que não se utilizem armas com origem nos Estados Unidos para silenciar a dissidência”, disse a congressista Donna Shalala, que apresentou o projeto.
Finalmente, a Câmara dos EUA aprovou um plano para destinar US$ 150 milhões em ajuda humanitária à Venezuela entre 2020 e 2021.
A proposta foi da deputada Debbie Mucarsel-Powell, que disse que o plano “aliviará a dor do povo venezuelano ao levar assistência humanitária de acordo com os princípios humanitários internacionais para aqueles dentro do país e na região”.
Os projetos agora serão encaminhados para a análise do Senado, após terem sido aprovados por unanimidade.