O britânico Husnain Rashid, de 32 anos, se declarou culpado nesta quinta-feira (31) perante um tribunal de Londres de várias acusações de terrorismo, entre elas incitar um ataque jihadista contra o príncipe George, o terceiro na linha de sucessão ao trono do Reino Unido.
Rashid, que tinha dito ser inocente, surpreendeu à Corte de Woolwich ao admitir três crimes, cometidos entre outubro de 2016 e em abril deste ano, que incluem preparação de atos terroristas e promoção do terrorismo.
Outras duas acusações de divulgação de propaganda terrorista e de descumprimento da legislação quando era investigado serão arquivadas.
Ao concluir a audiência, o juiz, que anunciará a sentença em 28 de junho, advertiu que “inevitavelmente (ele) receberá uma longa condenação e poderá pegar prisão perpétua”.
Em 13 de outubro, Rashid utilizou um aplicativo de mensagem instantânea para incentivar jihadistas a atentar contra o príncipe, de 4 anos, que um mês antes tinha começado a frequentar o colégio.
O acusado, simpatizante do movimento extremista Estado Islâmico, colocou uma foto da criança combinada com silhuetas sobrepostas de dois jihadistas mascarados, conforme explicou o Ministério Público durante o processo.
Rashid, detido em 22 de novembro no norte da Inglaterra, também dava sugestões de possíveis alvos para os terroristas em locais do Reino Unido, da Austrália, da Turquia e dos Estados Unidos. O MP explicou ainda que o jovem tinha “um canal online” chamado “Lone Mujahid” (Combatente Solitário, em livre tradução), no qual encorajava atos de terror e dava informação e apoio a possíveis terroristas.
George é o primeiro filho de Kate Middleton e do príncipe William, que também são pais de Charlotte e Louis.
(Com EFE)