A família de brasileiros hospitalizada nas Filipinas sob suspeita de infecção pelo coronavírus foi autorizada a deixar o hospital de Puerto Princesa apenas neste domingo, 2. Pai, mãe e criança esperavam o resultado de um terceiro teste, que tardou uma semana a ser entregue. “Felizmente, conseguimos receber o resultado dos exames (deu negativo para coronavírus) e já estamos fora do hospital”, informou A.P., pai da família, a VEJA.
A.P, sua mulher, de nacionalidade colombiana, e sua filha moram na China e estavam de férias nas Filipinas quando a criança passou a apresentar alguns sintomas. Internados todos em um hospital em Puerto Princesa, eles foram submetidos a isolamento. A menina passou por dois exames, ambos com resultados negativos. Mas, segundo a Embaixada do Brasil em Manilla, novo procedimento foi adotado pelo Departamento de Saúde do país na noite de 29 de janeiro, que obriga a realização de um terceiro exame por especialistas do Instituto de Pesquisa para Medicina Tropical (RITM) filipino, mesmo que os dois anteriores tenham resultados negativos.
O material em análise foi o mesmo coletado para exame anterior, no domingo 26. Nesta última semana, segundo A.P., os três ficaram presos no quarto do Ospital ng Palawan, com pouco acesso à internet, sem obter nenhuma informação adicional, além da fornecida pela Embaixada. Antes de serem liberados, passaram dois dias sem nenhuma visita médica. “Estamos fechados num quarto horrível, sem comunicação”, afirmou horas antes de ser autorizado a deixar o hospital.
Nas Filipinas foi registrado o rimeiro caso de morte por contaminação do coronavírus fora da China. Há outros dois enfermos no país. Em todo o mundo, há 14.642 doentes – 14.462 na China, onde os óbitos somam 305.