Em uma visita surpresa a Kiev, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se ofereceu para fazer uma grande operação de treinamento para as forças ucranianas, segundo comunicado de Downing Street.
O texto afirma que o programa teria potencial de treinar até 10.000 soldados a cada quatro meses, o que poderia “mudar fundamentalmente a equação da guerra”.
A proposta prevê que as tropas ucranianas sejam treinadas em outros países por um período de três semanas cada – aprendendo “habilidades para vencer batalhas”, bem como treinamento médico, segurança cibernética e táticas contra dispositivos explosivos.
A declaração diz que a ambição seria reforçar e aumentar a resistência de Kiev contra a invasão russa. Durante sua visita ao presidente Volodymyr Zelensky, Johnson também disse que o Reino Unido está com o povo da Ucrânia até que “prevaleçam finalmente”.
“Dois meses depois da minha última visita, a coragem, a determinação e a resiliência ucranianas estão mais fortes do que nunca, e sei que essa determinação inquebrantável sobreviverá por muito tempo às vãs ambições do presidente Putin”, disse.
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Zelensky descreveu Johnson como um “amigo da liberdade” e agradeceu o “apoio inigualável” oferecido ao seu país em resposta à invasão de fevereiro. Os dois discutiram ainda a necessidade de armamento pesado da Ucrânia para combater ataques de foguetes russos em áreas civis.
A segunda viagem do premiê britânico ao país ocorreu um dia após uma visita conjunta do presidente francês Emmanuel Macron, do chanceler alemão Olaf Scholz e do primeiro-ministro italiano Mario Draghi. Os três têm insistido em retomar as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.